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Nos inocentes olhos de Rhoda se esconde uma maldade assustadora. Seus modos educados e sua meninice que beira ao exagero, a garota consegue tudo o que quer. Sua mãe, Christine, achava que era só uma coincidência, mas à medida em que Rhoda começa a fazer mais maldades, Christine acha que sua filha herdou uma semente ruim. Poderá a maldade ser hereditária?


Sinopse:


Ou será a maldade uma espécie de semente que carregamos dentro de nós, capaz de brotar mesmo na mais adorável das crianças?Há 62 anos, um livro de suspense psicológico faria com que milhões de leitores discutissem apaixonadamente essa questão. Que livro era esse? MENINA MÁ, mais um clássico que a DarkSide Books desenterra para os fãs do que há de melhor, e mais sombrio, na literatura mundial.Publicado originalmente em 1954, MENINA MÁ se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro “apavorantemente bom”. Ernest Hemingway se declarou um fã. Em menos de um ano, MENINA MÁ ganharia uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark.Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.MENINA MÁ é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien, Chucky, Annabelle, Samara, de O Chamado, e o serial killer Dexter.O romance de William March, que chega as livrarias em 2016, é ainda uma excelente dica de leitura para os fãs da coleção Crime Scene, da DarkSide Books, que investiga casos reais de psicopatas. A ficção nunca antes foi tão assustadoramente real como em MENINA MÁ.






Esse é um livro que vai tocar em um tema bastante espinhoso: a inocência infantil. E isso é algo que vem há gerações sendo parte das nossas reflexões sobre como as crianças se comportam. Se existe algum tipo de malícia em suas ações. Diversos psicólogos e sociólogos já se debruçaram sobre esse assunto, sendo que entre os mais conhecidos estão as pesquisas de Sigmund Freud. Como professor da educação básico tendo a não encarar essa questão como uma máxima 100% perfeita. Taxar todas as crianças como inocentes é complicado e reducionista demais. Precisamos encarar suas ações como uma falta de compreensão das regras que norteiam a sociedade. E mesmo assim já presenciei casos em que crianças propositalmente desrespeitaram uma regra estabelecida para causar mal a outro colega ou apenas para obter alguma vantagem. A aura de inocência precisa ser relativizada de acordo com as circunstâncias. Mas, estou me alongando nisso e entrando no modo William March de encarar o assunto: dando palestrinha.


A narrativa começa com a chegada de Christine a Rhoda ao seu novo lar onde a mãe busca um novo colégio para a filha. Seu marido se encontra em uma viagem de negócios e vai passar muito tempo fora o que faz com que Christine seja a responsável pela maior parte do cuidado e da criação de sua filha. Por trás do jeito educado e adorável de Rhoda, existe uma mente fria e calculista que busca sempre obter vantagens. Mas, Christine se recusa a acreditar que sua filha possa ser capaz de tais coisas até que a morte de um colega de escola a faz rever os seus conceitos. Rhoda perdeu o concurso de caligrafia que lhe daria uma medalha bonita. Esta foi dada a seu colega, o que para a jovem menina foi um insulto. Em uma estranha série de acontecimentos, o garoto cai de um cais durante um passeio na praia feito pela sua turma. Mesmo com Rhoda negando, a sua proximidade com o garoto durante os fatos levanta uma série de suspeitas. E a cada novo capítulo, revelações colocam Rhoda na frente do caso, levando todos a pensar que a morte do garoto não foi um mero acidente. Christine não quer acreditar nisso, mas cada vez mais sua filha está envolvida. O que antes eram gestos doces e infantis, agora parecem estranhamente ensaiados e propositais.


Preciso dizer logo de cara: a escrita não é boa. O tema é interessante e o autor é bastante corajoso ao enfrentar um assunto que até então era um tabu. A narrativa é contada em uma terceira pessoa onisciente com a escrita pulando de um personagem ao outro. Em alguns momentos a gente fica um pouco confuso sobre a quem o autor está se referindo. Na maior parte do tempo, a visão fica sobre os ombros de Christine que vai fazendo suas pontuações e reflexões à medida em que a narrativa vai se passando. O maior problema é a forma dissertativa como a história é contada. Posso dizer com toda a certeza que a narrativa foi uma maneira do autor discutir o tema da inocência infantil. A história de Christine e Rhoda foi um mero pretexto para isso. Tem um personagem chamado Reginald que funciona como se fosse o próprio autor fazendo suas pontuações com base em pesquisas e deduções feitas à época em que o livro foi escrito. E essas dissertações tomam vários capítulos, tornando a narrativa truncada a partir do final do primeiro terço da história até basicamente o final. O último capítulo chega a ser bastante corrido com o autor buscando criar um final climático e falhando no processo. O que acontece com os personagens ao final é bem remanescente daqueles finais tenebrosos que H.P. Lovecraft gostava de colocar em seus contos. Não é para ser um final feliz, mas uma resolução dos problemas e um encerramento que pode ou não ser um final aberto (no caso, posso dizer que é um final meio aberto).


Se pararmos para pensar no enredo em si, ele não é muito longo. E é até bem direto. Algumas conveniências toscas me incomodaram, o que novamente demonstra que o foco de March estava em apresentar o que ele havia pesquisado sobre o assunto. Os capítulos não são grandes e o começo é bem veloz, mas o leitor acaba começando a ver problemas lá pela metade. As palavras acabam se tornando jargões acadêmicos demais e a tradução da Simone Campos fez o possível e o impossível para deixar a leitura mais palatável. Até é bom ressaltar o trabalho da tradutora porque se não fosse isso, certamente teria abandonado o livro. Na minha primeira sessão de leitura consegui chegar bem longe no enredo, mas a partir daí foi um sofrimento. O autor poderia ter investido mais na parte investigativa da história, quando Christine vai apresentando sua origem e a tragédia que afetou sua infância. O que era para ser um momento impactante e um mistério para nós, perde o impacto diante das constantes trocas de ideias entre Christine e Reginald.


Para um livro que é focado em uma antagonista tão "carismática" quanto Rhoda, passamos até pouco tempo com ela. Várias situações poderiam ter sido melhor exploradas e até as motivações que movem a jovem menina. Isso serviria até para discutir o tema da inocência infantil, tão levantado por March. Mas, parece em diversos momentos que Rhoda está distante e mais usada como uma exemplificação conceitual. Alguns dos melhores momentos da narrativa estão nas trocas de farpas entre Rhoda e Leroy, o zelador do prédio onde ela mora. São nesses raros momentos que March consegue nos mostrar o lado vil da menina. As adaptações feitas para o cinema foram mais felizes ao nos mostrarem a personalidade da garota, porque o recurso audiovisual funcionou melhor para isso. Ou seja, March não é tão habilidoso em suas descrições.


Tirando Christine, March não desenvolve bem seus personagens (nem mesmo a Rhoda). O elenco secundário parece estar ali a reboque e para fornecer momentos em que as cenas acontecem. Tem as irmãs que são donas da escola em que Rhoda começa a estudar que parecem que irão fornecer elementos para a investigação sobre a morte do menino, mas depois desaparecem em um passe de mágica. Monica Breedlove é colocada na narrativa como uma espécie de outra pessoa com quem Christine pode conversar e expor suas vulnerabilidades. Mas, com os mistérios sendo revelados e a verdade sobre o passado de Christine vindo à tona, a personagem acaba tendo pouca participação na história. Leroy é que é um personagem bem delineado pelo autor, apesar de funcionar mais como um estereótipo, sendo um homem mesquinho beirando à sociopatia. March pontua bem o que faz o personagem ser como é, ao nos apresentar a sua linha de raciocínio diante das mulheres que moram no prédio. Gosto também de Leroy não ter filtro algum, sendo que em alguns momentos ele parece despertar um estranho fascínio por Rhoda. Não se preocupem, não é um spoiler, o assunto é apenas aludido. Outros de seus comentários picantes são bem mais interessantes.


"Rhoda foi saindo de perto de mansinho com uma expressão de contrariedade resignada nos olhos. Então, se atirando no sofá, enterrou o rosto numa almofada e começou a chorar copiosamente, espiando a mãe por entre os dedos entrelaçados. Mas a atuação não foi nem um pouco convincente, e Christine contemplou a filha com um novo sentimento, o de interesse distanciado, pensando: Ela é ainda uma amadora, mas melhora a cada dia. Está aperfeiçoando a atuação. Em alguns anos, não vai ser essa canastrona. Vai ser uma atriz bem convincente."

Mais para a metade da narrativa, March começa a equilibrar a ideia de que a maldade pode ser algo hereditário. De que a essência de uma pessoa ruim pode ser passada para os seus filhos. Christine vai carregando essa culpa por causa de seu passado traumático e acha que Rhoda é responsabilidade sua. De certa forma é, no sentido de que ela é a mãe. Só que o autor começa a forçar uma barra para encaixar essa ideia de que Rhoda ser a psicopata que é, é fruto dos assassinatos cometidos por pessoas em um passado distante. É aí que as coisas começam a me incomodar porque é como se os fatos convergissem para fornecer a síntese que o autor deseja. É nesse momento que o autor me perde. Até então eu até estava achando interessante toda a ideia de Christine ser uma sobrevivente e se imaginar inicialmente como uma pessoa cruel porque seus outros parentes não o fizeram. Mas, daí a ela ser a geradora da personalidade de Rhoda não me diz nada. Talvez porque hoje nós tenhamos uma visão diferente sobre a criação de crianças, com um ponto de vista mais voltado para o ambiente e o entorno que cerca uma pessoa. Muito em uma perspectiva de Lev Vygotsky. Lembrando: o livro foi escrito na década de 1950 e as teorias vygotskianas não estavam ainda com a projeção que elas tem hoje.


O que posso dizer? Menina Má é um livro com uma história que trouxe à tona um tema bem sensível. Aplaudo o autor pela coragem e pela maneira como ele faz isso de uma maneira acadêmica, sem achismos ou puritanismos. A narrativa é bem crua em determinadas partes, o que surpreende até pela época na qual foi publicada. Contudo, o autor se perde em suas próprias pesquisas, enchendo as páginas com dados e deduções. No prefácio, Elaine Showalter aponta que os editores de March cortaram bastante desses pedaços que continham essas conversas que em nada acrescentavam à trama. Se era pior do que resultou no final, dá até medo de pensar como seria ler. A história em si é um dos raros casos em que a adaptação cinematográfica conseguiu assimilar melhor o que o autor quis dizer em suas mais de duzentas páginas. Recomendo pela importância histórica da leitura, mas não é uma boa história.












Ficha Técnica:


Nome: Menina Má

Autor: William March

Editora: DarkSide Books

Tradutora: Simone Campos

Número de Páginas: 272

Ano de Publicação: 2016


Link de compra:




















É mais um verão em família e Rose vai junto de seus pais para sua casa de veraneio em Awago. Lá ela vai se reencontrar com sua amiga Windy onde juntas aprontarão todas. Mas, esse não será um verão qualquer já que muita coisa irá acontecer.



Sinopse:


Todo verão, Rose vai com seus pais para uma casa no lago em Awago Beach. É a sua fuga, o seu refúgio. A amiga de Rosie, Windy, também está sempre lá, como a irmãzinha que nunca teve. Mas este verão é diferente. A mãe e o pai de Rose não param de brigar, e quando Rose e Windy procuram se distrair do drama, se deparam com um novo conjunto de problemas. Os adolescentes da praia local, apenas um par de anos mais velhos que elas, se envolvem em algo ruim… algo que põe em risco suas vidas. É um verão de segredos, dor e crescimento, e é uma coisa boa que Rose e Windy tenham uma a outra. Aquele verão é uma graphic novel de duas quadrinistas com verdadeira influência literária. Artistas premiadas, e primas, Jillian e Mariko tamaki colaboram nesta bela, comovente e esperançosa história sobre uma garota à beira do fim da infância - uma história de revelações e renovação.






Minha relação com esse quadrinho é bem curiosa. Acabei comprando durante uma promoção da editora Mino (que sempre tem materiais ótimos) e ele veio junto com os dois últimos volumes de Gideon Falls, que era o quadrinho que eu estava querendo de verdade. Vários colegas destacaram as qualidades da história e da arte e acabei seduzido por isso. Coloquei o quadrinho na minha eterna pilha de leitura e a vida seguiu. Anos se passaram e nada de ler; ele sempre caía e outros quadrinhos passavam a frente. No ano passado decidi fazer uma limpeza e separar várias pilhas de materiais para vender ou doar e Aquele Verão entrou no bolo porque estava parado há muito tempo. Quando estava para vendê-lo, separei uns dez quadrinhos para ler antes de vender de fato e a maioria destes realmente acabei vendendo com exceção de Aquele Verão. Fiquei encantado com a história e isso me fez pensar: por que diabos não li este quadrinho antes? Não vou vendê-lo mais nem de brincadeira. Voltou com orgulho para a minha estante. E quero nas próximas linhas tentar convencê-lo de o quanto este quadrinho é legal. Não vai ser aquela leitura revolucionária, aquela explosão de fogos de artifícios criativos, mas a história é tão boa e tão comum que você vai se identificar com algum ponto dela.


A narrativa não poderia ser mais simples: Rose é uma adolescente que costuma passar suas férias de verão em uma casa de veraneio dos seus pais, Evan e Alice. Em Awago, Rose costuma ficar junto de sua amiga de infância, Windy, que ela sempre encontra nas férias de verão. E elas aprontam todas. Mas, esse verão será diferente porque Rose e Windy estão passando por aquela fase de suas vidas onde as coisas começam a se transformar e suas percepções de mundo também. Alice, sua mãe, parece estar passando por problemas conjugais com seu pai, o que causa muita tensão durante o verão. Enquanto seu pai deseja apenas se divertir e curtir as férias, Alice está em uma fase de depressão que Rose não consegue entender. As duas meninas frequentam o mercadinho local onde compram doces e alugam DVDs para assistir no notebook. Elas estão naquela fase de alugar filmes de terror proibidos, daqueles violentos demais para menores como A Hora do Pesadelo e Tubarão. Rose parece ter um crush pelo garoto idiota do mercado, alguém que Windy apelida carinhosamente de Traste. Só que Dunc parece ter seus próprios problemas quando algo inesperado acontece com sua paquera Jenny. É... esse verão promete.


Já dá para perceber de cara o quanto a arte da HQ é bem diferente. As irmãs Tamaki usaram o branco e o roxo como as duas cores e isso chama a atenção do leitor. Uma simples escolha fazem quadros que pareceriam normais ganharem outro tom para nós. São ângulos e cenas que me parecem familiares, mas que são mais expressivos. Além disso, a HQ me parece quase um mangá não só pelo seu tamanho, mas pela escolha das autoras de usar poucos balões de diálogo e deixar a arte respirar. Tem sequências de várias páginas sem qualquer diálogo ou splash pages uma após a outra. Transforma a leitura em algo muito dinâmico. Devorei a HQ em pouquíssimo tempo, algo que eu não deveria ter feito. Essa é uma daquelas histórias para a gente apreciar e curtir, então passem algum tempo observando as paisagens e os traços propostos pelas autoras. Outra preocupação que elas possuem é em usar outros dos nossos sentidos para complementar a leitura. Por exemplo, tem várias cenas em que elas procuram traduzir para o leitor os sons e cheiros do local onde elas estão. Sejam as batidas fortes do coração da Rose ou a linda sequência de dança da Windy (a que está em cima não é a única). Isso é algo que não vemos com frequência.



A gente consegue visualizar na arte as várias influências que cercam as irmãs Tamaki. Ao mesmo tempo em que o traço tem muito do europeu, com o uso de poucas linhas para representar os personagens (linha clara), as sequências de cenas me fizeram pensar nos mangás japoneses com uma preocupação em apresentar sequências claramente voltados de aspecto para aspecto se concentrando em momentos importantes ou objetos que tiveram algum impacto naquela cena (as pedras da Rose, os doces, o mar onde elas nadam). Existe toda uma naturalidade na maneira como os quadros são apresentados: eles fazem sentido para aquele momento. Por exemplo, quando temos toda uma sequência de quadros sem balonamento em uma chuva, mostrando só a Rose chorando e seguindo para a praia para ficar sozinha. É importante naquele momento focar no cenário e na silhueta da personagem, porque se tratava de uma situação forte para ela. Alguns momentos elas utilizam um ótimo sombreamento que fornece um ar bastante legal e despojado para as cenas.


A narrativa é um bom slice of life, apresentando um recorte da vida da personagem em um determinado verão. As autoras são muito felizes em conseguir apresentar cenário e personagens em tão pouco tempo e fazer com que o leitor se importe com elas. O legal é que isso é feito sem precisar sobrecarregar nos diálogos, às vezes apresentando uma característica de um personagem apenas se focando em acontecimentos. Por exemplo, sabemos que Evan é um pai brincalhão apenas pelas bobagens que ele apronta com as meninas. Os problemas apresentados são bastante comuns e conseguem ser associados às nossas próprias vivências. Podem não ser todos, mas alguns deles podem ter feito parte da sua adolescência. As Tamaki tratam dos temas com bastante seriedade e apresentando o mundo dessas jovens em fase de amadurecimento a partir dos seus próprios olhares. A gente sente uma progressão acontecendo porque as meninas estão claramente alterando seus olhares para o mundo que as cerca. A gente vê a diferença de perspectiva entre as amigas no final; elas continuam amigas, mas algumas coisas claramente mudaram.


Rose é a típica adolescente de sua idade: sempre imaginando que o mundo gira em torno de si. E isso não é uma crítica já que todos nós em algum momento nos achamos assim. Faz parte de nossos próprios egos nos imaginarmos protagonistas de nossas próprias histórias. Só que a Rose ainda é imatura em muitos sentidos. Ela não é capaz de compreender os problemas vividos por seus pais; sua mãe apenas é muito chata para ela. Ela não consegue perceber que o seu crush é um cafajeste e vagabundo completo; apenas que ele é gatinho e descolado. Então a personagem vai ser confrontada com várias situações que vão colocar suas certezas em dúvida. O seu mundo perfeito vai sendo desconstruído pouco a pouco e o mundo real vai transparecendo para ela. O que começa como as "brigas de sempre" de seus pais vai tomando outra proporção à medida em que eles não conseguem mais esconder suas desavenças. Chega ao ponto de ela sentir que o seu lar pode estar sendo destruído e ela poder perder o contato com seu pai, a quem tem um carinho enorme. Ela não está em sincronia mais com sua mãe que lhe parece mais uma pessoa estranha. É interessante que uma colocação que a Windy faz quase no final da HQ para Rose (que a deixa bastante chateada com a amiga) faz bastante sentido. E isso fica claro em como a garota não dá tempo sequer de entender o lado de sua mãe ou da Jenny, a namorada de Dunc.



Como a narrativa é percebida pelo lado da Rose, a Windy acaba vindo muito a reboque na narrativa. Mas, é impressionante o quanto a presença dela é tão forte que ela assume um coprotagonismo. Windy é hiperativa, se expressa com a dança e suas brincadeiras. Ela é a mais criançona das duas, talvez por ser um ano mais nova. Mas, é a que mais amadurece no final a ponto de confrontar sua melhor amiga. Está bem na cara que a Windy nutre sentimentos mais fortes pela Rose e age de forma protetora quando percebe que Rose está caidinha pelo Dunc. Ela ainda está se descobrindo como pessoa, por isso ela é meio vaga em suas assertivas. Procura esconder suas inseguranças com uma postura que parece boba, mas não é. Ela percebe de cara os problemas que Jenny vive com Dunc e o quanto este está sendo canalha com a jovem. Tanto que ela muda a visão que ela tinha da garota depois de algumas interações. E claramente tem uma péssima imagem de Dunc, não só por ser seu rival no amor, mas pelo que ele representa. Se Rose está enfeitiçada pelo crush, Windy o enxerga como é. Ela também é uma ótima parceira e companheira para a sua amiga, principalmente quando percebe o que está acontecendo no ambiente familiar de Rose. É muito legal ver as duas passando por aquela fase de compartilhar gostos de filmes. Elas assistem filmes de terror e acham o máximo ficarem assustadas. É aquele pequeno segredinho particular entre amigas. Também passei por essa fase onde eu e um grupo de colegas nos reuníamos para assistirmos filmes como A Hora do Pesadelo, Sexta-Feira 13, Palhaços Assassinos do Espaço. É uma fase que várias pessoas já passaram.


Não vou entrar nos problemas da Alice e do Evan porque eles fazem parte meio que da essência do que as autoras querem trazer. Mas, gostaria de falar um pouco sobre Dunc e Jenny, até porque eles trazem muito do que é o nosso próprio cotidiano. Eu mesmo já ouvi e presenciei vários casos como esse. Dunc é o típico adolescente babaca que trabalha no mercado local. Tem aquele jeitão de desajustado, bebe, fuma e curte com os amigos. De vez em quando está enrolado com alguma gatinha da região. É curioso porque costumamos construir um estereótipo dessas garotas adolescentes que estão em fase de descoberta sexual como "vagabundas" ou "mulheres fáceis". Aqui no Rio de Janeiro costumamos chamar de "periguetes". A visão do senso comum é de que são garotas sem eira nem beira e que acabam engravidando rápido e merecem estar na posição em que se encontram. É o tipo de visão machista bastante típica de uma sociedade patriarcal. Costumamos jogar a culpa nas mulheres. Não procuramos entender o seu ponto de vista. E o homem é entendido quase sempre como a vítima do processo. As autoras nos mostram a sutileza desses rótulos e o quanto Dunc é um canalha com a Jenny. É óbvio que depois de algumas saídas e pegações no QG sujo dos adolescentes paqueradores, a Jenny engravidar seria uma consequência meio óbvia. O que vamos presenciar depois é o garoto procurando se esquivar da responsabilidade seja evitando as ligações dela, ignorando os apelos de ajuda, alegando que o filho não é dele e até classificando-a como golpista ou "fácil". Rose, como está encantada pelo garoto, ignora todos os sinais de alerta e considera o garoto como descolado. A culpa da confusão toda, na visão dela, é da Jenny. É sua rival e está pagando por ser uma "vagabunda". Essa discussão proposta pelas irmãs Tamaki é fascinante porque percebemos o quanto a sociedade rapidamente julga essas situações, criando os rótulos e as justificativas.


Aquele Verão é uma leitura gostosa e fascinante de fácil compreensão. A arte é linda e considero todos os instrumentos que as autoras usaram uma pequena mostra da versatilidade delas. A narrativa pode ser associada às nossas vidas com bastante facilidade e são propostas discussões bastante pertinentes. Para aqueles que curtiram quadrinhos como Verões Felizes, do Zidrou, ou Uma Irmã, do Bastien Vives, é certamente um estilo de leitura bastante familiar e com altas doses de nostalgia.




Ficha Técnica:


Nome: Aquele Verão Autoras: Jillian Tamaki e Mariko Tamaki

Editora: Mino

Gênero: Ficção

Tradutora: Dandara Palankof

Número de Páginas: 320

Ano de Publicação: 2019


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Uma infância vivida ao lado de cães e a perda da única pessoa que o amou tornaram Krulgar um homem sedento de vingança. E essa ira cega o colocará no meio da disputa entre dois reinos que estão prestes a entrar em guerra.


Sinopse:


Jhomm Krulgar é um ninguém. Um rato de estrada. Um cachorro vadio. Um mastim demoníaco. Sua espada está a venda para qualquer um com moedas no bolso e objetivos escusos. Quando uma garota surge prometendo a riqueza de um rei e a realização dos seus desejos de vingança, ele nem imagina que está prestes a se envolver em um dos mais perigosos jogos políticos de sua era.


Agora, ele e Khirk, seu companheiro silencioso, membro de uma antiga raça escrava, partem para o Sul, onde tentarão impedir os rebeldes separatistas de tomar a coroa da maior cidade do Império de Karis. Encontrarão em seu caminho um Magistrado em missão de paz e um mago ilusionista prestes a realizar o maior espetáculo da sua vida.


O Teatro da Ira , primeiro romance da série Chamas do Império, de Diego Guerra, é uma viagem fantástica onde criaturas místicas e soldados comuns lutam lado a lado nas paredes de escudo, implorando pela própria vida e alimentando as fogueiras da morte para fazer valer as vontades de reis e nobres.


Enquanto Krulgar busca cegamente a sua vingança, não faz ideia de que se tornou apenas mais um dos personagens sombrios deste Teatro da Ira.





O sentimento de fúria cega ganha vida neste romance de fantasia sombria escrito por Diego Guerra. Onde um homem tem tantos sentimentos de raiva e vingança que ele se transforma em uma criatura saída dos piores pesadelos dos homens. Escrito em um período da literatura fantástica no Brasil em que as obras de fantasia sombria estavam na moda, este livro se coloca como uma boa alternativa para quem curte o gênero. Repleto de intrigas, de traição e de sangue caindo como a baba de um mastim demoníaco, O Teatro da Ira nos apresenta uma miríade de personagens que se relacionam e se intercruzam nessa trama pensada em detalhes pelo autor. Gosto de pensar que a fantasia sombria nos ajuda a refletir sobre nossos sentimentos mais ocultos e negativos para que possamos entendê-los e trabalharmos para melhorarmos como seres humanos. Ao vivenciarmos situações extremas, o elemento do choque e da repugnância funcionam como um sinal de alerta para nós mesmos. E isso vai ser visto em várias situações espalhadas pela extensão do livro. Tenho certeza que algumas delas farão o leitor dar aquela encolhida.


Antes de qualquer coisa, apesar de o livro apresentar várias situações bastante violentas, não vou apontar nenhum alerta de gatilho mais grave. Por incrível que pareça. Tem algumas situações de tortura mais para o final do livro e o Diego não abordou especificamente e em detalhes o estupro vivido por Liliah, alguém que está sempre presente no fundo da trama. A Lenda do Mastim Demônio, livro que complementa a leitura de O Teatro da Ira é bem mais violento nesse sentido.


Sendo filha de um poderoso comerciante, Thalla sempre teve uma vida abastada. Mas, no passado, ela viu algo terrível acontecer com sua mãe, o que moldou sua personalidade para sempre e a fez nunca perdoar seu pai, Cirius. Thalla ficou sabendo de um plano para colocar o reino do sul, governado pelo idoso Thuron, contra o império nortista, sob o comando de Arteen. E ela pretende envolver seu amante, Oren, o filho mais novo de Thuron, em seus planos para evitar o assassinato de Thuron e torná-la a futura rainha de Illioth. Mas, ela sabe que Oren é um homem fraco e manipulável, e para fazer seus planos surtirem efeito, ela precisará empregar um mercenário que possui interesses particulares na morte de algumas pessoas importantes do reino. É aí que entra Krulgar. Tendo sido criado como um cachorro (literalmente falando), ele só conheceu o amor da pequena Liliah, uma menina que mostrou a uma criança que era praticamente um animal selvagem, o dom do amor. Só que essa relação entre Krulgar e Liliah terminou de uma forma trágica: seu pai a vendeu por dez moedas de ouro a um grupo de sete nobres que a estupraram até a morte. Krulgar foi a única testemunha do ocorrido e não se esquece dos rostos malditos até hoje. Ele foi o bode expiatório da morte de Liliah e só foi salvo graças a um dhaenni chamado Khirk. Os dhaenni são uma raça semi-humana que sofre todo o tipo de preconceitos por todo o continente. Graças aos esforços do imperador Arteen, eles se tornaram livres, mas o sul é um lugar onde os dhaenni sofrem ainda com a violência das pessoas. Para tentar manter a estabilidade do continente, Arteen envia seu magistrado Marhos Grahan para negociar um acordo de cooperação entre os dois reinos. Uma viagem que vai se revelar mais perigosa do que parece porque irá esbarrar na ambição de Dhommas, filho mais velho de Thuron, e na vingança cega de Krulgar.


"Grandes reis começam uma guerra com um grande exército. Reis grandiosos são mais sutis. Para que se inicie uma guerra basta uma faca afiada. E a garganta certa."


Essa é uma narrativa que envolve vários personagens com interesses distintos. É como ver peças de xadrez se movendo em um tabuleiro. Por esse motivo, faz total sentido que Diego tenha escrito o livro em uma narrativa em terceira pessoa onisciente. E um onisciente mais amplo com o leitor entendendo todas as nuances do que está se passando na história, e não simplesmente aquela visão de câmera postada nos ombros. Não há uma separação muito clara entre os pontos de vista da história, com o autor alternando entre os personagens à medida em que se faz necessária. Ao mesmo tempo em que isso funciona bem porque não interrompe o fluxo da história, pode tornar um pouco confuso caso o leitor não consiga identificar qual personagem está na ribalta naquele momento. Na maior parte do tempo, Diego coloca vários indicadores sobre quem é o personagem principal naquele momento específico, mas algumas vezes não. Como a maioria das histórias de fantasia sombria, temos personagens que caminham na linha cinzenta: nada de heróis, apenas pessoas com ambições. Mesmo os personagens mais "principais" possuem características reprováveis e tomam atitudes que os leitores não irão gostar. Mas, são totalmente coerentes com suas histórias de vida. Quando Krulgar se vê diante de uma escolha crucial no momento climático da história, sua decisão reflete exatamente o que seu coração desejava.


Nos aspectos mais técnicos da obra, ela é de bom tamanho. O autor conseguiu abordar a contento parte dos assuntos que ele aponta no começo da narrativa. Ao mesmo tempo em que deixa ganchos para uma continuação. Aliás, gostaria muito de ver o Diego continuar a mexer com estes personagens. Depois de O Teatro da Ira, ele só publicou A Lenda do Mastim Demônio, que é um prequel para esse livro tratando apenas da infância de Krulgar. A narrativa é estruturada em três atos, porém senti que o primeiro ato é meio lento em relação aos outros que pegam um ritmo mais frenético. O leitor demora a entender aonde o autor deseja levar a narrativa. O que parecia era um grupo de personagens com objetivos distintos e desencontrados. Mas, a partir do segundo ato, quando a história se desenvolve mais, o autor dá alguns passos atrás e aborda as motivações dos personagens. O terceiro ato é muito veloz com as coisas acontecendo uma após a outra, quase como dominós caindo. Outro ponto que me deixou um pouco preocupado foi o aspecto da revisão. Há vários problemas espalhados pelo livro e ele merecia um cuidado maior.


"Hoje acordei me perguntando como saber se não estou encenando. Talvez eu esteja em uma peça; talvez eu seja apenas uma ilusão. Como ter certeza de se, em vez de mestre de marionetes, não somos títeres?"

A ira cega de Krulgar é o que vai mover a trama. É como uma narrativa de vingança em que existe uma lista de alvos a serem eliminados e o personagem precisa destruir um por um. Só que ao longo do caminho ele começa a se questionar sobre a validade disto. Sua promessa de vingança é colocada em xeque quando ele conhece Thalla. Ao longo de toda a narrativa o personagem que era para ser um animal selvagem demonstra sentimentos nobres. Por exemplo, ele e Khirk, o dhaenni, possuem uma relação quase de pai e filho. Quando as outras pessoas tratam Khirk como um escravo ou menos que um ser humano, Krulgar se sente atacado diretamente. Ou em outro momento em que ele poderia fugir para salvar a própria pele, ele reluta em fazê-lo para poder ajudar camponeses em necessidade. Só que toda a vez em que se vê confrontado com algum dos malfeitores de Liliah, sua mente regride àquela situação de violência extrema. Krulgar só viu o que o homem tem de pior, por esse motivo a sua ferocidade animal é uma reação quase infantil. A pureza da ferocidade absoluta. Desde o começo da narrativa percebemos que por mais que o leitor quisesse um rumo melhor a Krulgar, isso não seria possível. O guerreiro é o aríete que move a narrativa adiante; como uma lança atirada e que não teria como ser interrompida.


A situação dos dhaenni também é muito bem apresentada por Diego. Desde o começo os personagens são apresentados como criaturas dóceis que possuem estranhas habilidades derivadas do poder de suas canções. A maneira desumana como eles são tratados pelos homens é absurda. O que mais espanta é o quanto eles continuam dóceis mesmo diante das agressões mais absurdas que eles sofrem. No passado distante eles eram conhecidos como os altivos eldani, só que há muito eles perderam sua ferocidade. Essa relação de eldani - dhaenni me fez pensar imediatamente na existente entre parshemanos - parshendianos criados por Brandon Sanderson em sua série O Relato da Guerra das Tempestades. Percebi que havia alguma lacuna nessa história e ao longo da narrativa, mas ficaram muitas perguntas não respondidas. Mesmo que o autor tenha revelado alguns flashes disso no momento mais climático da história. No meio disso, temos Khirk, um fahinn, alguém que não possui mais o poder de cantar a Canção do Mundo. Os dhaenni cantam para produzir determinados efeitos curativos; já um fahinn, é um dhaenni amaldiçoado que não pode receber nenhum contato mais com seus iguais. Isso é motivo para Khirk possuir uma existência bastante sofrida e melancólica, tendo apenas o selvagem Krulgar como alguém capaz de mantê-lo vivo e com propósito. Parece haver mais mistérios em um fahinn, mas também não tivemos muitas respostas assim. Por outro lado, Evhin é alguém profundamente ligada a Thalla, mas por outros motivos. A gente não sabe a extensão do voto de Evhin com Thalla e sua mãe, Rhella, mas parece ser algo que ela leva tão a sério que pode pôr em risco sua própria vida.




A narrativa segue personagens traçando planos atrás de planos para conseguir alcançar seus objetivos. Mas, sabemos que planos são inúteis quando confrontados com as inconstâncias da prática. E ninguém sofre mais com isso como Thalla. Tendo a habilidade de navegar pelos sonhos, ela procurou manipular o maior número possível de peças em seu jogo de xadrez. Buscando colocar suas peças nos lugares certos, ela não conseguiu entender que pessoas não são peças e possuem vontade própria. Elas nem sempre obedecem aos nossos planos cuidadosamente postos. Pouco a pouco, Thalla vai vendo seus planos desmoronando, principalmente diante de pessoas instáveis como Krulgar ou Dhommas, que não podem ser facilmente lidos. Sem contar com o elemento adverso que é colocado em seu caminho, na figura do coen Ethron, um homem contratado para realizar um espetáculo teatral para o rei Thuron, mas que parece ter outros objetivos por trás. A personagem vai ficando cada vez mais desesperada à medida em que seus planos vão fracassando um por um.


"Você está vendo o Império aqui? Esse povo se governa há séculos; nenhum deles jamais viu o Imperador. Reis e nobres são tão distantes como deuses aqui. Estão todos no poleiro de cima, cagando nas aves de baixo. Nós somos apenas ratos no chão do pombal, mas um rato tem dentes e, vez ou outra, ainda pode devorar um pombo."

Estamos diante de um bom livro que inicia uma série a ser desenvolvida pelo autor. Começamos com uma ameaça de guerra e o subtítulo do livro aponta para uma possibilidade real desta se concretizar. Mesmo com os personagens lutando para evitar algo em grande escala acontecer, vamos nos deparando com os interesses e ambições particulares de cada um dos envolvidos. Logo no início da trama já desconfiamos que as coisas não vão dar certo. É uma boa leitura para os fãs de fantasia que certamente verão uma aventura sendo desenvolvida e personagens cativantes realizando ações não tão heroicas. Um prato cheio!











Ficha Técnica:


Nome: O Teatro da Ira

Autor: Diego Guerra

Editora: Draco

Número de Páginas: 360

Ano de Publicação: 2016


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Conversa aberta. Uma mensagem lida. Pular para o conteúdo Como usar o Gmail com leitores de tela 2 de 18 Fwd: Parceria publicitária no ficcoeshumanas.com.br Caixa de entrada Ficções Humanas Anexossex., 14 de out. 13:41 (há 5 dias) para mim Traduzir mensagem Desativar para: inglês ---------- Forwarded message --------- De: Pedro Serrão Date: sex, 14 de out de 2022 13:03 Subject: Re: Parceria publicitária no ficcoeshumanas.com.br To: Ficções Humanas Olá Paulo Tudo bem? Segue em anexo o código do anúncio para colocar no portal. API Link para seguir a campanha: https://api.clevernt.com/0113f75c-4bd9-11ed-a592-cabfa2a5a2de/ Para implementar a publicidade basta seguir os seguintes passos: 1. copie o código que envio em anexo 2. edite o seu footer 3. procure por 4. cole o código antes do último no final da sua page source. 4. Guarde e verifique a publicidade a funcionar :) Se o website for feito em wordpress, estas são as etapas alternativas: 1. Open dashboard 2. Appearence 3. Editor 4. Theme Footer (footer.php) 5. Search for 6. Paste code before 7. save Pode-me avisar assim que estiver online para eu ver se funciona correctamente? Obrigado! Pedro Serrão escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:42: Combinado! Forte abraço! Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:41: Tranquilo. Fico no aguardo aqui até porque tenho que repassar para a designer do site poder inserir o que você pediu. Mas, a gente bateu ideias aqui e concordamos. Em qui, 13 de out de 2022 13:38, Pedro Serrão escreveu: Tudo bem! Vou agora pedir o código e aprovação nas marcas. Assim que tiver envio para você com os passos a seguir, ok? Obrigado! Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:36: Boa tarde, Pedro Vimos os dois modelos que você mandou e o do cubo parece ser bem legal. Não é tão invasivo e chega até a ter um visual bacana. Acho que a gente pode trabalhar com ele. O que você acha? Em qui, 13 de out de 2022 13:18, Pedro Serrão escreveu: Opa Paulo Obrigado pela rápida resposta! Eu tenho um Interstitial que penso que é o que está falando (por favor desligue o adblock para conseguir ver): https://demopublish.com/interstitial/ https://demopublish.com/mobilepreview/m_interstitial.html Também temos outros formatos disponíveis em: https://overads.com/#adformats Com qual dos formatos pensaria ser possível avançar? Posso pagar o mesmo que ofereci anteriormente seja qual for o formato No aguardo, Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:15: Boa tarde, Pedro Gostei bastante da proposta e estava consultando a designer do site para ver a viabilidade do anúncio e como ele se encaixa dentro do público alvo. Para não ficar algo estranho dentro do design, o que você acha de o anúncio ser uma janela pop up logo que o visitante abrir o site? O servidor onde o site fica oferece uma espécie de tela de boas vindas. A gente pode testar para ver se fica bom. Atenciosamente Paulo Vinicius Em qui, 13 de out de 2022 12:39, Pedro Serrão escreveu: Olá Paulo Tudo bem? Obrigado pela resposta! O meu nome é Pedro Serrão e trabalho na Overads. Trabalhamos com diversas marcas de apostas desportivas por todo o mundo. Neste momento estamos a anunciar no Brasil a Betano e a bet365. O nosso principal formato aparece sempre no topo da página, mas pode ser fechado de imediato pelo usuário. Este é o formato que pretendo colocar nos seus websites (por favor desligue o adblock para conseguir visualizar o anúncio) : https://demopublish.com/pushdown/ Também pode ver aqui uma campanha de um parceiro meu a decorrer. 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Vou conversar com os demais membros do site a respeito e te dou uma resposta com esses detalhes em mãos e conversamos melhor. Atenciosamente Paulo Vinicius (editor do Ficções Humanas) Em qui, 13 de out de 2022 11:50, Pedro Serrão escreveu: Bom dia Tudo bem? O meu nome é Pedro Serrão, trabalho na Overads e estou interessado em anunciar no vosso site. Pago as campanhas em adiantado. Podemos falar um pouco? Aqui ou no zap? 00351 91 684 10 16 Obrigado! -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! 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