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Nos últimos anos houve uma série de polêmicas envolvendo autores ligados a movimentos de extrema-direita e uma das maiores premiações de literatura de gênero do mundo. Só que na edição de 2023, houve mais uma polêmica que diz respeito à censura. Mais uma vez. Saibam mais nesta postagem.



O Hugo Awards é considerada uma das premiações mais prestigiadas no que diz respeito à literatura de fantasia, terror e ficção científica. Apenas os maiores e melhores trabalhos estão entre as suas listas de finalistas, que quase sempre servem como parâmetros de filtragem do que foi destaque no ano anterior. Editoras internacionais costumam usar os títulos que se encontram nessas listagem para saber o que levar para seus respectivos mercados. Só que na última década a premiação acabou sendo sequestrada e levada para um embate ideológico em várias frentes. Isso acabou por colocar em dúvida os critérios de escolha e de votação que são bastante peculiares na premiação. Em 2023, não foi diferente. Vários casos de censura de títulos bastante conhecidos apareceram na imprensa com os autores se queixando de interferência governamental na seleção de vencedores. Algo que mancha a imagem de uma premiação que já vem passando por uma crise interna nos bastidores.


Antes dessas denúncias, a premiação sofreu por pelo menos três edições com a atuação de um grupo conhecido como Sad Puppies. Se tratava de um grupo de autores ligados a movimentos e pautas de extrema-direita que reclamavam do fato de a premiação ter se tornado representativa e diversa demais. Entre os argumentos estavam uma eventual virada para discussão de pautas que eles consideravam tolas como uma valorização de personagens LGBT, a preocupação com imigrantes, desigualdade social, abuso de poder por governos ditatoriais. Na visão dos Sad Puppies, a fantasia e ficção científica deveriam seguir modelos passados, sendo limpa de pautas sociais. Era o velho argumento conservador de que "no meu livro de fantasia não pode ter política". Eles organizaram um grupo de outros escritores que viciaram o processo de votação e colocavam apenas membros dos Sad Puppies entre os finalistas. A organização do evento percebeu a sabotagem e desclassificou aqueles que faziam parte do esquema. Mesmo assim isso colocou em evidência as fragilidades do processo de votação.


O Hugo Awards é uma premiação que possui critérios bem específicos. Para fazer parte da votação a obra precisa ter sido publicada no ano anterior. A organização do evento é rotativa com a cada ano sendo formada por uma equipe diferente. O mesmo pode ser dito do local onde a premiação é realizada. Existe uma eleição da sede de futuros eventos e há todo um lobby para receber a premiação. Isso gera visibilidade para o local e é usada para fomentar o aparelho cultural do país em questão. Em 2023, o evento foi realizado em Chengdu, na China. Já vou chegar em como a localização afetou o evento. A votação dos melhores é feita pelos sócios pagadores do Hugo. Essa é a maneira como o Hugo Awards se financia: com a inscrição de autores e interessados que pagam uma taxa para se manter como votantes. Outra peculiaridade é que os números da votação só são inteiramente revelados após a revelação dos vencedores. Geralmente sabemos disso alguns dias depois. Durante o evento são realizadas inúmeras palestras e há o lançamento de projetos e iniciativas para fomentar a literatura de gênero. Enfim, o evento do Hugo Awards (a World Convention) é uma grande celebração da potência que a literatura de fantasia e de ficção científica possuem. Inclusive tivemos a participação da nossa querida Ana Rusche que esteve palestrando em uma das mesas lá em Chengdu.



Mas, falemos do babado que é isso que vocês querem saber. E ele envolve estas duas autoras entre outros que também foram surpreendidos. Como disse acima, o número de votos que cada um recebeu é revelado após a premiação e são números que saem dois ou três dias depois. Pois é... não foi esse o caso dessa vez. Só viemos a saber os votos em janeiro quando o prazo da revelação dos números oficiais estava prestes a se encerrar (há um tempo previsto no regimento interno para a transparência dos dados de votação) e algumas surpresas surgiram. Como alguém que acompanha premiações, a gente meio que deduz quem são os favoritos do ano e especula aqueles que tem chances. Algumas categorias possuem vencedores bem óbvios dado a lista de cinco finalistas. Uma das autoras que mais vem se destacado nos últimos anos é a R.F. Kuang, autora da série A Guerra da Papoula. Ela estava na lista de finalistas de melhor romance longo com o seu livro mais recente Babel, que inclusive já foi lançado aqui no Brasil pela editora Intrínseca. Observando os outros títulos da listagem, a autora era a franca favorita. No entanto, para surpresa de todos, quem venceu foi Nettle and Bone, uma obra de fantasia da autora T. Kingfisher. Um nome bem menos conhecido internacionalmente do que a de Kuang. E, confesso, Nettle and Bone é um livro bem mediano se comparado a Babel.


Algumas semanas antes da premiação Kuang havia levantado algumas suspeitas sobre as indicações e o fato do evento acontecer na China não lhe agradava. Mas, foram comentários pontuais na época e ela não entrou em detalhes. Quando os resultados saíram, aí sim foi outra história. Kuang afirmou que sua obra havia sido desclassificada durante as etapas de votação e por essa razão não havia conseguido conquistar votos suficientes para ganhar o prêmio. Mas, ao analisarmos os números de votação víamos que os números de Babel eram constantes e aumentavam em uma velocidade exponencial. Lá pela quarta fase de votações, o título sumiu das cédulas de votação sem maiores explicações. A autora alega que recebeu um email da organização do evento com uma justificativa bem simplória e nada reveladora sobre os motivos que levaram à desclassificação do livro. Babel é um livro que vai explorar a questão da imigração e do preconceito e se baseia em acontecimentos da história recente da China para isso. A própria série A Guerra da Papoula tem elementos culturais chineses. O mais incrível de tudo: Babel é publicado por uma grande editora na China.


Mas, isso poderia ser um caso isolado, certo? Poderia ser uma implicância só com a Kuang? Pois é... não. Outra autora que foi afetada por essa possível censura foi Xiran Jay Zhao. Ela concorria na categoria de melhor autora estreante, uma categoria onde os autores são elencáveis por até dois anos de sua estreia. Entre os estreantes, Xiran Jay Zhao era aquela mais popular e cujo livro já havia vencido outros prêmios anteriormente. Sim, estamos falando do próprio Viúva de Ferro, livro de estreia dela e que também foi publicado no Brasil pela editora Intrínseca. O mesmo processo se deu com ela, só que a justificativa dada para a eliminação dela foi ainda mais estapafúrdia. Ou seja, se observava ali os métodos de atuação do processo de censura prévia. Em uma entrevista ao The Guardian, Zhao destaca que sua obra vai se basear na única imperatriz chinesa da história para criar uma história de ação e de amor. Só que essa não é a razão para a censura. Ela está na própria figura da autora. Tendo imigrado para os EUA, ela é extremamente crítica ao regime chinês, criticando a postura dura e até um pouco persecutória dos agentes do governo àqueles que produzem cultura. A autora é bem aberta nas críticas e é vista com várias reservas pela cúpula do governo de Xi Ji Ping.



Ah, entendi. Então o foco estava em autores e autoras chinesas que escreviam contra o regime chinês, certo? Não. Isso porque a série de Sandman que foi produzida e exibida pela Netflix também foi desclassificada. Para espanto total e absoluto dos produtores e do Neil Gaiman. Este veio a público dar uma declaração onde ele apresentava que justificativas a organização do evento deu para a desclassificação, mas como nos casos anteriores, não faziam o menor sentido. Gaiman se questionou durante suas declarações que motivos teriam levado a essa proibição e ele só consegue crer que possa ter algo a ver com a multiculturalidade da série Sandman que bebe de vários folclores e religiões para compor a sua mitologia. E que essa visão plural teria incomodado setores mais tradicionais do governo que teriam visto nisso uma afronta à política cultural interna.


Isso colocou a equipe organizadora na berlinda. Dave McCarthy, uma das figuras centrais da equipe organizadora respondeu a vários críticos no Facebook acerca da lisura dos processos de votação. Ele explicou a responsabilidade que é ser responsável por um evento dessa grandeza e destacou sua responsabilidade com as leis do país que está sediando o evento. Mas, suas respostas acabaram soando mais incriminadoras do que contemporizadoras. Isso porque o governo chinês é conhecido por esse tipo de prática sutil e velada. Não esqueçamos que, mesmo tendo aberto suas portas para um capitalismo mais agressivo, a China ainda mantém determinadas características herdadas da Revolução Cultural de Mao Tsé Tung. A valorização da cultura, a defesa da imagem de uma nação grandiosa, tudo isso faz parte da agenda governamental. E isso certamente interferiu no processo de votação, não importa de que maneira tenha sido, se foi velada ou se houve uma intimidação mais direta. O resultado disso é que a premiação perde prestígio e já precisa se preparar para o próximo evento que acontece em 2024 na cidade de Glasgow, na Escócia. A ver como será essa edição e se haverá protestos ou desclassificações. Fato é que uma premiação tão tradicional como essa não pode ser tolhida por interferências externas. Isso prejudica o desenvolvimento das temáticas a partir de uma censura. Como produtor de conteúdo e como alguém que acompanha a literatura de gênero há tantos anos, é vergonhoso o que se sucedeu em Chengdu e torço para que isso não se repita. Mas, é fato que o sistema de sócios e todo o processo de votação precisam ser reformados com urgência para evitar esse desgaste desnecessário.






Após muitas dificuldades, o rei Aeldred, que sofre de uma estranha doença, consegue estabilizar o seu reino. Mas, os Erlings, com um estilo de vida de saques e pilhagens, assolam o reino dos Anglcyn a todo o momento. Mas, o mundo parece que está seguindo adiante e as pilhagens estão ficando cada vez mais difíceis. No meio de tudo isso, Dai e Alun, príncipes entre os Cyngael, são chamados até Brynnfell onde um desastre está para acontecer.


Sinopse:


Bern Thorkelson, punido pelos pecados de seu pai, negou sua herança e seu lar, cometendo um ato de vingança e desespero que o deixa frente a frente com um passado que ele está tentando deixar para trás.


Nas terras de Anglcyn do Rei Aeldred, o rei astuto, que luta com demônios internos a todo o momento, fortalece suas defesas com alianças e diplomacia - e com espadas e flechas. Enquanto isso, seus imprevisíveis e excepcionais filhos e filhas moldam seus próprios desejos quando uma batalha chega e as trevas caem na floresta dos espíritos...


E nos vales e colinas enevoadas dos Cyngael, cujas vozes carregam música mesmo quando eles lutam e roubam uns dos outros, violência e amor se tornam intimamente conectados quando os navios-dragão chegam e Alun ab Owyn, perseguindo um inimigo à noite, vislumbra estranhas luzes brilhando acima de lagos na floresta...






O mundo muda. Avança. Nada é a mesma coisa para sempre. É um pouco disso que Guy Gavriel Kay traz nessa trama intimista que nos coloca em um contexto de guerras e roubos em um lugar longe de tudo no mundo que ele criou. Segundo reza a lenda, o local onde os Cyngael moram é onde o sol desce e deixa os seus últimos raios de luz. Onde relações familiares e pequenas vinganças levarão a mudanças profundas na maneira como os personagens desta história irão enxergar o mundo. Vingança essa que fará um jovem príncipe ser levado a um mundo estranho de maravilhas e perigos onde o tempo passa em uma outra velocidade e a morte é apenas mais uma etapa de uma longa existência. Afinal, é nas florestas que moram os seres ocultos que são mais velhos do que a própria humanidade e o tempo de vida dos homens é apenas uma gota de orvalho caindo na primavera.


Esse é o terceiro romance que leio do Guy Gavriel Kay e só me impressiona a maneira como ele conduz sua trama, apresenta os personagens e nos envolve em suas histórias. Sua escrita é muito clara e compreensível e o leitor consegue se engajar rapidamente. Mesmo que ele insira alguma coisa mais exótica ou estranha na trama, tudo parece familiar depois de algumas páginas. Apesar de ser situada em um grande mundo que o autor criou e estabelecer sutis conexões com outros livros, The Last Light of the Sun é um livro fechadinho em si mesmo. Você não precisa ter lido nada para entender tudo aqui. Fazendo um parênteses rápido, Guy Gavriel Kay resolveria uma série de problemas que as editoras nacionais tem de querer lançar séries longas e não conseguir terminá-las porque os leitores perdem o interesse depois de alguns volumes. A grossa maioria das histórias escritas por ele são livros fechados, independentes entre si.


"Nas margens de qualquer história existem vidas que se desenrolam apenas em um momento. Ou, colocado de outra forma, existem aqueles que passam rapidamente por uma história e então saem dela, ao longo de seus caminhos. Para estas pessoas, vivendo suas próprias sagas, a história que passa por eles é periférica. Um momento no drama de suas próprias vidas e mortes."

É bem clara aqui a inspiração que o autor teve nas culturas celta, bretã e viking. E o autor faz isso em quase todos os seus livros. Se baseia em alguma cultura ou acontecimento histórico e cria algo fantástico em cima. A fantasia serve para dar liberdade a ele para não se prender à nossa história. Os Cyngael são um povo da floresta, embora vivam em colinas enevoadas, e estão em um processo de conversão à religião Jaddita que está se explorando por toda a parte. Mesmo assim, eles mantém determinados hábitos e superstições que os tornam um povo estranho aos demais. Sua voz carrega a herança dos espíritos da floresta, embora seja um povo que goste da arte dos saques e das pilhagens. Por outro lado, os Anglcyn desejam estabilizar seu reino estabelecendo feiras e cidades organizadas que possam frear os avanços de saqueadores. Estavam em guerra com os Cyngael há algum tempo atrás, mas a sagacidade do rei Aeldred faz nascer uma série de alianças que trazem a paz. Só que existem os Erlings, inspirados nos vikings. Um povo de uma terra dura e fria, que saem todos os anos em suas incursões com o objetivo de pilhar e guerrear. São homens da guerra, que tem em seus navios-dragão uma vida e uma vocação. Em seus machados moram o espírito de seu deus Ingavin, que os espera em seus salões após uma morte no ato de guerra.



Entre os personagens dessa complexa trama, temos Bern Thorkelson, filho de Einar Thorkelson que fez parte da tripulação do grande Siggur Volgnarson, considerado um dos maiores pilhadores entre os Erlings. Depois de muitos anos em incursões, Einar se estabelece na ilha de Rabady, se casa e tem três filhos (duas meninas e Bern). Consegue fazer uma boa reputação, tem terras e o respeito local. Mas, uma briga de bar põe tudo a perder. Einar é expulso e sua família tem seus bens confiscados e a esposa de Einar é tomada por Haldr, o novo chefe local. A vida de Bern se torna um inferno a partir daí. Quando Haldr morre e eles estão preparando o funeral dele, Bern rouba o cavalo com o qual o ex-chefe local seria enterrado e abandona a ilha. A sorte parece brilhar para Bern após uma fuga impossível e chegar na terra de Jormsvik onde ele desafia um capitão da guarda local para um duelo, onde todos esperavam que ele seria derrotado. É então que ele se torna parte da cidade e se une aos mercenários.


"Gostamos de acreditar que sabemos os momentos, os dias e as noites, que iremos nos lembrar pelo resto de nossas vidas, mas isso não é verdade. O futuro é uma forma incerta (no escuro) e homens e mulheres sabem disso. O que é menos compreendido é que isso é verdade também do passado. O que permanece, ou volta sem ser chamado, não é sempre o que esperamos, ou desejamos manter para nós."

O rei Aeldred passou por muitas situações difíceis em sua vida. Quando era mais novo, batalhou com unhas e dentes pelo seu reino ao lado de seus companheiros Osbert e Burgred. Nos pântanos, precisou provar sua resiliência e é quando ele descobre que possui uma terrível doença que o deixa acamado e com febre por vários dias. Mesmo assim, ele consegue construir um lugar idílico onde ele luta contra a forma cruel de vida daqueles que habitam nas regiões adjacentes. Em sua corte, os homens não vem para discutir sobre guerra, mas para debater temas de filosofia, de religião, de astronomia. Em suas noites regadas a vinho, os homens não se regozijam com as mortes ocasionadas na última incursão, mas combinam futuras tradições de obras de idiomas que pareciam perdidos. Claro que Aeldred tem seus próprios problemas como uma esposa que deseja viver longe dele e filhos que são completamente imprevisíveis. Mas, no geral, a vida é boa. Tudo isso vai mudar quando o ódio de um homem muda as regras do jogo.


Entre os personagens principais temos também o jovem Alun ab Owyn, um dos filhos do rei Owyn de Cadyr. Junto de seu irmão Dai eles representam o que há de melhor entre os Cyngael. Alun é um homem da música, que encanta através de seu instrumento musical e sua voz melodiosa. Dai é corajoso. Os dois são ligados por laços fraternais e de companheirismo. Mas, em um desentendimento durante uma visita a Brynnfell causa a morte de Dai. Alun acaba se culpando pela morte do irmão, algo que ele imagina poder ter evitado se tivesse punido por ele. Sabe aquele momento do "e se..." que muda toda uma vida? Em seu desespero, Alun faz algo impensável: adentra a floresta dos espíritos e acaba tendo contato com seres do meio-mundo, um lugar etéreo onde criaturas mais antigas que a humanidade habitam. Lá ele conhece o amor em meio à sua tristeza. Mesmo ele conseguindo voltar, seu ser está repleto de um senso de vingança contra aqueles que mataram o seu irmão. Isso se tornará obsessivo à medida em que o algoz de Dai retorna para atacar as costas de Anglcyn.


É bem curioso que a narrativa do livro não chega a ser empolgante naquele sentido épico. Sendo o terceiro livro do autor que leio percebo que Kay tem um ritmo próprio de contar história. É uma constante que vai seguindo pelos capítulos de forma a tratar dos assuntos que ele escolheu para a obra. Em relação às outras duas obras, achei essa mais fraca por faltar nela aquele ponto climático tão necessário para uma obra que lide com guerras e aventuras. Em Tigana, isso foi a guerra contra a nação inimiga enquanto em Leões de Al-Rassan, foi defender a cidade. Tirando Tigana em que a narrativa era mais épica de fato, os objetivos no outro livro até eram simples, mas a forma como foram postos tornava a história mais emocionante. Víamos os personagens precisando fazer decisões importantes ou sacrificando seus status quo para avançar a narrativa. Aqui, as coisas são mais intimistas como, por exemplo, o encontro entre Bern e seu pai em lados opostos, o perigo vivido por Athelbert (filho primogênito de Aeldred) e a escolha de Alun entre viver entre humanos ou seguir para o meio-mundo. Falta aquela urgência e isso me incomodou um pouco. É engraçado: não tem urgência, mas os personagens vivem em uma corda bamba tênue entre a vida e a morte. Já critiquei essa falta de urgência em outras obras, onde os personagens pareciam que nunca iriam morrer, mas tal não é o caso aqui. A morte espreita a cada quarteirão então o problema não é esse. Outro exemplo disso é que o principal antagonista da trama morre bem antes do clímax. Isso me deixou bem confuso embora o autor tenha contornado. Mas, a sensação de que o grande perigo já passou foi grande. Não se enganem: o grupo de protagonistas poderia ter morrido, mas faltou a maldade intrínseca ao antagonista.


Kay vai falar muito da relação entre pais e filhos. Esse é o grande mote desse livro. Einarson não foi um bom pai para Bern e isso ele só vai se dar conta quando estiver entre os membros de outra cultura. Ele foi um grande saqueador entre os membros da tripulação de Ivarr e voltou desejando formar uma família. Foi lá e fez, mas por conta de um erro foi exilado de Rabady e deixou sua família à deriva. Na visão dele, com Bern chegando na adolescência, ele imaginou ter deixado tudo encaminhado. Somente quando ele se deparou com a relação entre Aeldred e seus filhos é que bateu o arrependimento. Algo cultural até. Como os erlings são um povo guerreiro e duro, não é da natureza deles serem carinhosos com seus filhos. No duro inverno do norte é preciso aprender cedo a entrar em um navio-dragão ou aprender a cuidar da terra. Aqueles que são incapazes são mortos até pelos seus pares. Já Aeldred luta para deixar um reino melhor para seus filhos. Depois de anos de vida combatendo uma doença incapacitante ao mesmo tempo em que estabilizava seu reino após anos de guerra contra erlings e cyngaels, ele vê seu futuro ameaçado pelos sentimentos obscuros de um homem. Apesar de seu primogênito se parecer com ele, seus filhos são imprevisíveis. A filha que ele deseja casar para obter um acordo diplomático interessante, não deseja nada menos do que portar uma espada. Já seu primogênito vê a pressão de uma sociedade que espera que ele seja parecido com o seu pai e ele faz de tudo para provar seu valor. Até fazer coisas impensáveis. Já sua filha mais nova parece ter sido enredada por forças sobrenaturais e pode vir a se tornar alvo da Igreja de Jad no futuro. Todas essas coisas preocupam um rei que tem pouco tempo de vida para deixar tudo certo. Mas, será que ele precisa? Não é melhor descansar e deixar a próxima geração cuidar de seus próprios problemas?


Um terceiro tema importante tem a ver com religião. E é nisso que The Last Light of the Sun se parece muito com livros que arranham o ciclo arturiano. De um lado temos a religião dos cyngael, ligada às forças da natureza, às fadas e outras criaturas da floresta. Algo que vem perdendo espaço graças ao avanço dos clérigos de Jad. Algumas superstições permanecem como não entrar em florestas que se sabem ter a presença de espíritos. De outro temos a religião dos erlings, voltada para o combate e para as conquistas. Se querem agradar Ingavin e Thuvin, um erling deve se empenhar no combate para alcançar glórias e o direito de habitar os salões de Ingavin onde viverá sua próxima vida ao máximo. Por essa razão, os erlings são tão intensos e não são de se render. Mesmo em combates desvantajosos, eles partem com o coração limpo em direção à lâmina do oponente. Quanto mais gloriosa for sua morte, melhor. No meio de tudo isso temos a Igreja de Jad (já abordada em Os Leões de Al-Rassan e que faz parte desse mundo criado por Kay) que tem similaridades com a Igreja católica medieval. Os jadditas estão convertendo todo esse lado do continente e abafaando as religiões nativas. Mas, como uma Igreja em expansão, ela vem encontrando resistências já que as culturas não são todas iguais. Para se tornar preponderante, eles buscam aceitação e imposição, apesar de que o alto clérigo neste livro, o cynagel Ceinion, tem muitas dúvidas quanto ao seu credo. Aquele que deveria ser o bastião religioso local, não acredita piamente no que Jad postula, chegando a recorrer às superstições de seu próprio povo. No entanto, é perceptível que a Igreja vencerá esse confronto pelas almas porque existe um grupo social forte por trás de seus empreendimentos. Pode não ser nesta geração, mas a próxima já pertence a eles.


"Pequenas coisas, acidentes de percurso e congruências: e então tudo que flui em nossas vidas de tais momentos deve o seu curso sendo desdobrado, para o bem ou para o mal, para eles. Caminhamos (ou tropeçamos) ao longo dos caminhos moldados por eventos nos quais permanecemos sempre ignorantes. O caminho que outra pessoa nunca tomou, ou viajou tarde demais, ou logo, significa um encontro, um pedaço de informação, uma noite memorável, ou morte, ou vida."

The Last Light of the Sun é uma bela obra que mostra a habilidade de escrita de um autor em total posse de suas habilidades. Não é um livro ambicioso, se voltando mais para abordar assuntos intimistas do que um grande épico. Mesmo assim, as histórias dos personagens deste livro são inesquecíveis e ele consegue criar uma empatia até com certa facilidade no autor. É uma narrativa bem amarrada e não há pontas soltas para aqueles personagens. O que existe são ganchos na história em geral que podem e serão abordadas em outros materiais. Não se preocupem com as conexões feitas com um mundo maior criado pelo autor. É mais uma curiosidade do que uma necessidade. E é legal para o leitor que se aprofunda mais na mitologia criada por Kay perceber familiaridades e conexões. Uma história que precisa ser lida com cuidado, mas que não vai te dar grandes obstáculos para ser compreendida. Os elementos mágicos presentes são bem-vindos e dão um ar etéreo a tudo o que está acontecendo. Ou seja, mais um livro do Kay que eu curti embora perceba que outros foram melhor sucedidos em determinados aspectos.












Ficha Técnica:


Nome: The Last Light of the Sun

Autor: Guy Gavriel Kay

Editora: Roc Books

Número de Páginas: 500

Ano de Publicação: 2004


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Esse mês é para os fãs de penny dreadfuls já que a Editora Clepsidra retorna com o volume 2 de Varney, o Vampiro. Uma obra de peso e que vem com a qualidade já característica da editora. Já a Laboralivros nos traz um material teórico sobre a história da animação japonesa no século XX.



"Animação Japonesa (1907-1999)" de Viktor Danko



Ficha Técnica:


Nome: Animação Japonesa (1907-1999)

Autor: Viktor Danko

Editora: Laboralivros

Gênero: Não-Ficção

Número de Páginas: não informado

Prazo da campanha: 11/05

Data de entrega: setembro de 2024



Sinopse: Ao pensar em animação japonesa “clássica”, é inevitável que venham à mente nomes como Osamu Tezuka, Katsuhiro Otomo ou Hayao Miyazaki e suas consagradas obras, como “Astroboy”, “Akira” e “A viagem de Chihiro”, com suas cores e animações de movimentos impecáveis, que se destacavam em meio à produção ocidental.


Muitos acreditam que a base da animação japonesa teria sido a animação ocidental. No entanto, como poderiam ser tão diferentes? Essa impressão é mesmo verdadeira?


É o que o livro “Animação japonesa: de 1907 até 1999” pretende dizer, ao trazer uma análise histórica e cultural da animação japonesa desde seus primórdios.


Durante as pesquisas para a dissertação de mestrado, focado na produção de Hayao Miyazaki, Viktor Danko percebeu que o cinema do diretor é formado de diversas referências que ele teve durante sua vida. Por isso foi necessária a realização de uma pesquisa histórica sobre os princípios da animação no Japão, pois só assim o autor poderia entender mais acerca do cinema de Miyazaki.


Assim nasceu a ideia do livro que iria trazer toda essa pesquisa necessária para entender as raízes de diretores aclamados da atualidade, como é o caso do próprio Miyazaki e de tantos outros.


Principais Formas de Apoio:


1 - Curta Metragem: R$44,00


  • livro impresso

  • nome nos agradecimentos

  • kit surpresa Laboralivros

  • imã "Kumo to Tulip"

  • frete calculado ao final da compra


2 - Média Metragem: R$47,00


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  • marcador "Katsudô shashin"

  • frete calculado ao final da compra


3 - Longa Metragem: R$62,00


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  • totebag "animação japonesa"

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"A Casa no Limiar e outras histórias macabras" de William Hope Hodgson


Ficha Técnica:


Nome: A Casa no Limiar e outras histórias macabras

Autor: William Hope Hodgson

Editora: Diário Macabro

Gênero: Terror

Tradutora: Michele Zanetti

Número de Páginas: 250

Prazo da campanha: 28/03

Data de entrega: junho de 2024









Sinopse: Ao final do século XIX, dois jovens viajam para um remoto vilarejo na Irlanda, onde se deparam com restos de um manuscrito misterioso nas ruínas de um casarão. Em suas páginas emboloradas, encontram os registros das experiências de um velho recluso que habitou o local há muito tempo. Sua narrativa revela uma série de eventos extraordinários e sobrenaturais, desde ataques e confrontos com criaturas suínas aterrorizantes a viagens oníricas e interdimensionais.


Recompensas:



Principais Formas de Apoio:


1 - Pepper: R$75.00


  • livro impresso

  • marcador de páginas personalizado

  • frete grátis


2 - O Fosso: R$94,00


  • livro impresso

  • marcador de páginas personalizado

  • exemplar surpresa de um livro do catálogo da editora

  • frete grátis


3 - Estrela Verde: R$90,00


  • livro impresso

  • marcador de páginas personalizado

  • poster exclusivo com a arte da capa A3

  • frete grátis


"Revista Histórias Extraordinárias n. 8" organizado por Editora Mundo


Ficha Técnica:


Nome: Histórias Extraordinárias n. 8

Organizado por Editora Mundo

Editora: Mundo

Gênero: Ficção Científica

Número de Páginas: 44

Prazo da campanha: 09/04

Data de entrega: maio de 2024









Sinopse: Uma revista brasileira de contos inéditos de ficção científica, sobrenatural e horror cósmico inspirada nas clássicas revistas pulp norte-americanas dos anos 40, 50 e 60. Essa é a proposta de Histórias Extraordinárias (HE), cuja primeira edição foi lançada em dezembro de 2020.


Publicada pela Editora Mundo, a HE apresenta também entrevistas com personalidades e indicações de filmes, livros e séries. E, assim como em várias das icônicas revistas pulp, a publicação tem em suas páginas a seção Departamento de Ciência, que aborda acontecimentos atuais de cunho histórico e científico, fazendo o link perfeito entre a imaginação e a realidade, entre a ciência e a ficção.


Outra característica da revista é abrir espaço para contos de leitores e aspirantes a escritores, desde que as histórias estejam dentro das temáticas abraçadas: ficção científica, sobrenatural e horror cósmico. Além disso, a HE já publicou contos inéditos de conceituados escritores brasileiros de FC, como Flávio Medeiros Jr., Gerson Lodi-Ribeiro, Gilson Cunha, Octavio Aragão e Roberto Causo.


A HE nº 8 trará, além das colunas tradicionais, cinco novos contos:


Armadilha Temporal - Pablo A. Rebello

O Fixador Mental - Vinícius de Freitas

Por favor, não atire - Gerson Lodi-Ribeiro

Padê - Arthur S. Brum

Relacionamento Delivery - Rodrigo Ortiz Vinholo


Principais Formas de Apoio:


Histórias Extraordinárias n. 8: R$35,00


  • exemplar impresso

  • card colecionável HE (Jack Vance)

  • nome nos agradecimentos

  • frete calculado ao final da compra


"Varney, o Vampiro (1845 - 1847)" de James Malcolm Rymer


Ficha Técnica:


Nome: Varney, o Vampiro (1845- - 1847) vol. 2

Autor: James Malcolm Rymer

Editora: Sebo Clepsidra

Gênero: Terror

Tradutor: Carlos Primati

Número de Páginas: 550

Prazo da campanha: 17/04

Data de entrega: dezembro de 2024



Sinopse: Publicado anonimamente em fascículos semanais (apenas recentemente foi estabelecido que James Malcolm Rymer foi o autor de quase todos os capítulos da obra), este folhetim é uma narrativa colossal, totalizando 667 mil palavras em sua versão original, motivo pelo qual o separamos em quatro volumes. Ressaltamos que a divisão em quatro volumes visa apenas facilitar sua produção e sua leitura. Não recomendamos que a leitura seja iniciada por qualquer outro volume a não ser o primeiro. Não são quatro narrativas independentes de um mesmo universo, mas sim uma longa saga dividida em quatro partes.


Esta campanha tem como objetivo financiar o segundo deles (constituído pelos capítulos 48-95), mas também disponibilizamos exemplares do primeiro volume para todos os interessados em literatura gótica que ainda não tiveram a oportunidade de degustar esse clássico.


Para essas pessoas, aliás, vale relembrar que o enredo acompanha diferentes arcos narrativos da trajetória de um vampiro aristocrático (da linhagem iniciada por Polidori) que revolucionou a caracterização dos mortos-vivos na literatura, adicionando-lhes novas camadas em sua construção psicológica e inserindo-os em cenas compatíveis com os mais diversos gêneros e modos: como a comédia e a ação frenética, além do seu ambiente natural, o horror gótico.


Principais Formas de Apoio:


1 - Varney vol. 2 com marcador + cupom digital: R$106,00


  • livro impresso

  • marcador de páginas exclusivo do projeto

  • cupom de 10$ de desconto para uso no site da editora Clepsidra

  • frete calculado ao final da compra


2 - Varney vol. 2 com marcador + ecobag: R$139,00


  • livro impresso

  • marcador de páginas exclusivo do projeto

  • cupom de 10$ de desconto para uso no site da editora Clepsidra

  • ecobag do projeto

  • frete calculado ao final da compra


3 - Varney vol. 1 e vol. 2: R$198,00


  • livros impressos

  • marcador de páginas exclusivo do projeto

  • cupom de 10$ de desconto para uso no site da editora Clepsidra

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Conversa aberta. Uma mensagem lida. Pular para o conteúdo Como usar o Gmail com leitores de tela 2 de 18 Fwd: Parceria publicitária no ficcoeshumanas.com.br Caixa de entrada Ficções Humanas Anexossex., 14 de out. 13:41 (há 5 dias) para mim Traduzir mensagem Desativar para: inglês ---------- Forwarded message --------- De: Pedro Serrão Date: sex, 14 de out de 2022 13:03 Subject: Re: Parceria publicitária no ficcoeshumanas.com.br To: Ficções Humanas Olá Paulo Tudo bem? Segue em anexo o código do anúncio para colocar no portal. API Link para seguir a campanha: https://api.clevernt.com/0113f75c-4bd9-11ed-a592-cabfa2a5a2de/ Para implementar a publicidade basta seguir os seguintes passos: 1. copie o código que envio em anexo 2. edite o seu footer 3. procure por 4. cole o código antes do último no final da sua page source. 4. Guarde e verifique a publicidade a funcionar :) Se o website for feito em wordpress, estas são as etapas alternativas: 1. Open dashboard 2. Appearence 3. Editor 4. Theme Footer (footer.php) 5. Search for 6. Paste code before 7. save Pode-me avisar assim que estiver online para eu ver se funciona correctamente? Obrigado! Pedro Serrão escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:42: Combinado! Forte abraço! Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:41: Tranquilo. Fico no aguardo aqui até porque tenho que repassar para a designer do site poder inserir o que você pediu. Mas, a gente bateu ideias aqui e concordamos. Em qui, 13 de out de 2022 13:38, Pedro Serrão escreveu: Tudo bem! Vou agora pedir o código e aprovação nas marcas. Assim que tiver envio para você com os passos a seguir, ok? Obrigado! Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:36: Boa tarde, Pedro Vimos os dois modelos que você mandou e o do cubo parece ser bem legal. Não é tão invasivo e chega até a ter um visual bacana. Acho que a gente pode trabalhar com ele. O que você acha? Em qui, 13 de out de 2022 13:18, Pedro Serrão escreveu: Opa Paulo Obrigado pela rápida resposta! Eu tenho um Interstitial que penso que é o que está falando (por favor desligue o adblock para conseguir ver): https://demopublish.com/interstitial/ https://demopublish.com/mobilepreview/m_interstitial.html Também temos outros formatos disponíveis em: https://overads.com/#adformats Com qual dos formatos pensaria ser possível avançar? Posso pagar o mesmo que ofereci anteriormente seja qual for o formato No aguardo, Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:15: Boa tarde, Pedro Gostei bastante da proposta e estava consultando a designer do site para ver a viabilidade do anúncio e como ele se encaixa dentro do público alvo. Para não ficar algo estranho dentro do design, o que você acha de o anúncio ser uma janela pop up logo que o visitante abrir o site? O servidor onde o site fica oferece uma espécie de tela de boas vindas. A gente pode testar para ver se fica bom. Atenciosamente Paulo Vinicius Em qui, 13 de out de 2022 12:39, Pedro Serrão escreveu: Olá Paulo Tudo bem? Obrigado pela resposta! O meu nome é Pedro Serrão e trabalho na Overads. Trabalhamos com diversas marcas de apostas desportivas por todo o mundo. Neste momento estamos a anunciar no Brasil a Betano e a bet365. O nosso principal formato aparece sempre no topo da página, mas pode ser fechado de imediato pelo usuário. Este é o formato que pretendo colocar nos seus websites (por favor desligue o adblock para conseguir visualizar o anúncio) : https://demopublish.com/pushdown/ Também pode ver aqui uma campanha de um parceiro meu a decorrer. É o anúncio que aparece no topo (desligue o adblock por favor): https://d.arede.info/ CAP 2/20 - o anúncio só é visível 2 vezes por dia/por IP Nesta campanha de teste posso pagar 130$ USD por 100 000 impressões. 1 impressão = 1 vez que o anúncio é visível ao usuário (no entanto, se o adblock estiver activo o usuário não conseguirá ver o anúncio e nesse caso não conta como impressão) Também terá acesso a uma API link para poder seguir as impressões em tempo real. Tráfego da Facebook APP não incluído. O pagamento é feito antecipadamente. Apenas necessito de ver o anúncio a funcionar para pedir o pagamento ao departamento financeiro. Vamos tentar? Obrigado! Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 16:28: Boa tarde Tudo bem. Me envie, por favor, qual seria a sua proposta em relação a condições, como o site poderia te ajudar e quais seriam os valores pagos. Vou conversar com os demais membros do site a respeito e te dou uma resposta com esses detalhes em mãos e conversamos melhor. Atenciosamente Paulo Vinicius (editor do Ficções Humanas) Em qui, 13 de out de 2022 11:50, Pedro Serrão escreveu: Bom dia Tudo bem? O meu nome é Pedro Serrão, trabalho na Overads e estou interessado em anunciar no vosso site. Pago as campanhas em adiantado. Podemos falar um pouco? Aqui ou no zap? 00351 91 684 10 16 Obrigado! -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! 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