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Uma pioneira no campo da ficção científica em uma época em que o gênero era dominado por homens brancos, Alice nos mostra a sua maestria em escrever histórias curtas. Nesta coletânea temos três histórias com destaque para o conto que dá título para a coletânea onde um grupo de náufragas acaba em uma estranha ilha. Fenton, o protagonista, passa a desconfiar das ações das duas mulheres sobreviventes que não se comportam como mulheres. Onde isso vai dar?


Sinopse:


Em três novelas reverenciadas pelos fãs da Ficção Científica, Alice Bradley Sheldon ― a escritora por trás do renomado e misterioso “James Tiptree Jr.” ― inova com abordagem feminista no gênero, em tramas ousadas e instigantes. Neste livro, uma garota transforma-se num anúncio publicitário vivo; mulheres preferem invasores alienígenas a continuar no mundo dos homens e uma epidemia religiosa provoca feminicídios em massa.






Alice Bradley Sheldon, ou James Tiptree Jr como ficou mais conhecida, é uma das grandes autoras de ficção científica das décadas de 60 e 70. Inovadora, provocativa, ela assumiu um pseudônimo masculino para fugir às convenções e conseguir publicar suas histórias provocativas. Abordando temas bem à frente do seu tempo como representatividade e feminicídio, ela tocava nas feridas de uma sociedade conservadora e claramente machista. Mas, as pressões desse mundo tiveram efeito nela e talvez a tenhamos perdido cedo demais. O legado que ela deixou para nós foi uma enorme quantidade de histórias curtas e algumas poucas narrativas mais longas. Infelizmente, no Brasil, pouquíssima coisa escrita por ela chegou até nossas mãos. Através da editora Ímã temos contato com uma coletânea contendo três de seus contos mais celebrados, inclusive A Garota Plugada que se tornou longa metragem posteriormente. Faço um pedido a editoras como a Morro Branco e a Aleph, que possuem histórico de publicações de romances feministas e/ou publicado por mulheres: tragam mais Alice Bradley Sheldon porque suas reflexões são necessárias demais a esse mundo estranho em que vivemos. Já me comprometo desde já a trazer mais uma das coletâneas dela que saiu pela SF Masterworks para discutirmos aqui. Só fazendo uma última observação: uma das introduções é assinada por minha querida companheira de blog, Lady Sybylla, que escreve um texto muito bacana apresentando a autora e sua importância para o cenário de ficção científica como um todo.


Falando sobre a escrita geral dos três contos, Sheldon tem uma cartografia narrativa bastante inusitada. Ela começa antes pelo problema que ela quer abordar do que apresentando os personagens. Em alguns casos, é bastante curioso que ela nos deixa em suspense para saber qual é o gênero do personagem que está sendo tratado. Costumamos assumir na maior parte dos casos que o protagonista é um homem, o que nem sempre acontece em suas histórias. No caso aqui, isto se dá mais na segunda história do que na primeira e na última, mas é uma espécie de teste para o quanto conseguimos manter uma neutralidade acerca de quem é o centro de uma história. Hoje temos livros que possuem uma maior amplitude de gênero, mas na época em que ela escreveu o normal era o homem branco aventureiro e desbravador. Até é legal destacar esse ponto porque o protagonista da primeira história está sempre desconfiado de todas as personagens femininas ao seu redor. O estilo de escrita muda conforme as histórias, mostrando versatilidade na sua habilidade de escrita. A primeira história é uma narrativa padrão em terceira pessoa onisciente; a segunda história é contada em segunda pessoa, como se o protagonista se referisse a mim, leitor, e contasse para mim o que estivesse acontecendo; a terceira história é contada de forma epistolar, com intervalos de tempo entre as cartas.


A primeira história dá título para a coletânea e se trata de um grupo de personagens em uma embarcação até que eles caem em uma ilha deserta. O protagonista Fenton claramente não se dá bem nessa situação extrema e comete inúmeros erros de decisão em tentativas frustradas de manter o grupo vivo em um lugar estranho. As duas mulheres que estavam na embarcação assumem um protagonismo inusitado, fazendo tarefas nitidamente masculinas e mostrando suas capacidades inventivas e de sobrevivência. Fenton fica claramente incomodado com isso e passa a observar o comportamento das mesmas e a segui-las por toda a parte imaginando que elas certamente seriam comunistas ou guerrilheiras disfarçadas. Isso porque mulheres decentes, na visão dele, não teriam capacidade para realizar tais tarefas.


"Eu me limito a olhar para a cara dela. Que nova forma de loucura atacou a Mamãe Galinha? Será que ela imagina que Estebám está avariado demais para poder ser funcional? Enquanto fico ali atônito, meus olhos constatam o fato de que a sra. Parsons está com os joelhos bem rosados, soltou o cabelo e o nariz já está um pouco avermelhado pelo sol. Uma quarentona em bom estado; na verdade, bastante apetecível."


Não quero entrar em grandes detalhes sobre a trama porque Sheldon faz várias viradas narrativas ao longo das páginas e a graça é ter o queixo caído enquanto ela toma vários caminhos diferentes na histórias. Essa história é uma espécie de grito de guerra feminino diante de tamanha opressão masculina. O senso comum de Fenton é agressivo e ele passa a desconfiar a partir das mais mínimas coisas. Como o protagonista representa o modelo padrão de "macho alfa", ele se sente emasculado ao ver tarefas como fazer rastreamento, buscar um abrigo, preparar a fogueira, caçar animais, sendo feito pelas mulheres. Fenton se sente agredido em sua essência. E isso faz sua desconfiança aumentar. Possivelmente, emasculação seja o tema central desse conto até pela escolha que as duas personagens fazem mais à frente. A narrativa incomoda a quem tem um mínimo de sensibilidade. Porque a forma como o protagonista ataca as duas personagens e as diminui é algo que ainda vemos acontecer nos dias de hoje. São homens inseguros acerca de si mesmos que querem ter o protagonismo a todo custo. Caso fiquem em segundo plano por causa de uma mulher talentosa, isso só pode ser estranho; algo está errado. A dita mulher não está conforme os "padrões sociais", logo é uma desvirtuada. Quando li a palavra "histérica" no conto, isso me fez remeter imediatamente às velhas discussões de Michel Foucault sobre quem deveria ir para o manicômio e como as instituições encarceravam mulheres que sequer tinham algum problema. Apenas não se conformavam com o seu papel em uma sociedade retrógrada. Os momentos finais da narrativa representam, talvez parte do que a autora sentia. Diante de tanto preconceito e diminuição, vale a pena ainda permanecer em um planeta que tolhe e que violenta? E se não houvessem mais mulheres na Terra, o que seria da população masculina? A cena definidora desse conto é a expressão de absoluto terror de Fenton percebendo a decisão de suas companheiras. Último detalhe: Fenton só pergunta o nome de Ruth na metade da história. Antes disso, ele a trata de forma impessoal, demonstrando desinteresse até pela identidade dela.


O segundo conto chama-se Garota Plugada e é uma espécie de conto cyberpunk que mostra a prisão que é a beleza feminina e o quanto ela pode ser opressiva. Na história, P. Burke, uma mulher que passou por todo tipo de situações difíceis em sua vida, recebe uma proposta que pode mudar sua vida. Dona de um corpo abusado pela sociedade, e que não se encaixa em seus padrões de estética (a todo momento o texto busca dizer que ela é feia, gorda e suja, fazendo um descompasso com o seu avatar, que se enquadra nos desejos de uma sociedade que enxerga o superficial), Burke se submete a um procedimento onde sua mente passa a habitar o corpo de uma idol maravilhosa, que representa uma espécie de outdoor ambulante. Não se pode mais fazer propagandas diretas neste mundo, então a criação de uma idol artificial serve para fazer propagandas sutis e provocas uma febre de consumo em homens seduzidos por ela ou mulheres que a enxergam como algo a ser alcançado. O que no começo é maravilhoso, logo toma rumos sombrios para Burke quando ela se apaixona pelo filho de uma grande empresa. Só tem um detalhe: Paul se apaixonou por Delphi, o avatar, e não por Burke, a hospedeira. Como terminará esta história de amor?


"Lá na multidão, a que está de boca aberta olhando para os seus deuses. Uma garota fodidona, numa cidade do futuro. (Sim, foi isso que eu disse.) Preste atenção."

Dá para falar tantas coisas desta história curta. O que mostra a riqueza do que Sheldon nos traz. Temos uma sociedade claramente de aparências, onde as corporações não se importam em tirar vantagem do mundo das aparências. Ao criar um padrão de beleza, o sr. Cantle está dizendo a um mundo como se comportar, como se vestir, o que consumir... como ser. E isso nós vemos em nosso mundo. Todos os anos a indústria da moda define o que entendemos como padrão de beleza. Há décadas atrás era a mulher loira, magra e alta; hoje buscam-se as curvas, que podem ser conquistadas com procedimentos estéticos. Aquelas que não são capazes de se encaixar nestes padrões da moda tem sua auto-estima profundamente afetada. A maneira como o narrador se refere a Burke é um sinal disso. Sempre com adjetivos voltados para o terror: monstro, criatura, resto. Já Delphi representa os sonhos sexuais de toda uma massa masculina: olhos grandes, corpo nem muito jovem, nem muito maduro, fala que parece ser um convite ao sexo. A narrativa vai ficando cada vez mais estranha à medida em que o tempo passa e Burke deixa de se importar consigo mesma e afunda em uma falsa imagem de si que ela passa a acreditar como sendo ela mesma. Uma situação que acontece lá pelo final no laboratório onde ela se encontra durante uma confusão, é de uma tristeza sem tamanho. Sheldon escreve um final irônico que é uma porrada na boca do estômago.



O mais famoso dos três contos é Mulheres que Morrem como Moscas, que se tornou um episódio de uma série chamada Mestres do Terror em 2006. Apesar que a série tomou uma série de liberdades criativas em relação ao texto original. No conto, uma praga que provoca uma ira cega e primitiva nos homens que passam a matar mulheres aos milhares toma conta dos EUA. Alan trabalha em um laboratório e está preso no local em uma pesquisa complexa. Sua esposa Anne se corresponde com ele através de cartas enquanto a praga do ódio se espalha rapidamente por toda a parte. Vemos o desespero de Alan com a segurança de sua esposa e sua filha até o momento em que ele larga tudo o que está fazendo e se dirige para a sua casa a qualquer preço. A narrativa é desesperadora e Sheldon faz isso progressivamente. A cada nova carta escrita por Anne vamos percebendo o crescendo do desespero. Quando aparecem os primeiros sinais de que matar mulheres se tornou uma cruzada religiosa, aí é que tudo fica mais explosivo.


Se você, leitor homem cis e machista, não ficou incomodado com os outros dois contos, é aqui que certamente você vai ficar. Sheldon nos mostra homens se tornando verdadeiros animais sexuais e violentos, violentando mulheres enquanto as matam impiedosamente. Algumas situações são bastante descritivas e é feito para incomodar mesmo. Dos três, esse é o que parece mais uma narrativa de terror mesmo. O homem como um animal sexual é um tema que já foi trazido à tona inúmeras vezes. Seus instintos primitivos de perpetuação da espécie o fazem assim, segundo se diziam em análises científicas do século XIX e início do XX e a mulher era o ser libidinoso, que o atraía quase em uma dança do acasalamento. Esse tema é tratado de uma forma um pouco convoluta por Sheldon, talvez pela escolha de palavras ou de metáforas. A versão audiovisual é mais eficiente para mostrar o que a autora quis dizer ao ilustrar com imagens (como a de um outdoor com uma mulher de bikini em uma pose provocante enquanto homens observavam com desejo). Sheldon também remete à visão católica da mulher como a pecadora, aquela que tirou a maçã e a deu a Adão. Eliminar a mulher do mundo seria fazer justiça aos ditames de Deus. Sheldon é muito feliz ao trazer a sequência de fanáticos religiosos insanos empilhando cadáveres de mulheres em alguma espécie de torre obscena da destruição. Os momentos finais são de partir o coração porque esse é o único conto em que a gente realmente se empatiza com o protagonista masculino que está legitimamente preocupado com a sua esposa e filha.


"Desculpe, amor, acho que estou parecendo uma histérica. George Searles voltou da Georgia falando da Vontade de Deus. Logo o Searles, que foi ateu a vida inteira. Alan, está acontecendo alguma coisa muito louca."

Belíssima coletânea de histórias de uma autora que precisamos conhecer mais. Minhas únicas ressalvas ficaram no primeiro conto onde vi que a história poderia ter sido um pouco menor com algumas cenas que não possuem qualquer relevância para o resultado final. Sheldon já havia alcançado o efeito que ela queria antes e uma narrativa mais estendida só prejudicou o resultado final. No segundo conto, o clímax da história é um pouco confuso e a invasão pareceu mal explicada e estranha. Sheldon visava um momento específico e parece não ter planejado o que acontecia momentos antes. O terceiro conto é impecável. Nada a reclamar. O final tem o impacto desejado. Aliás... a última frase é impactante.










Ficha Técnica:


Nome: Mulheres que os homens não veem

Autora: Alice Bradley Sheldon escrevendo como James Tiptree Jr

Editora: Ímã

Tradutor: Bráulio Tavares

Número de Páginas: 212

Ano de Publicação: 2023


Avaliação:

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Lia e Tan se conheceram em um dia de chuva e rapidamente se tornam amigos. Duas pessoas diferentes e que desenvolvem uma conexão bela como as folhas de outono. Mas, são essas diferenças que podem apresentar um desafio para eles.


Sinopse:


O que é o amor? Quando Lia e Tan se encontram por acaso sob uma forte chuva, ambos terão que descobrir o que esse momento pode significar. Conhecer alguém é sempre empolgante, mas o que temos de abrir mão para que um relacionamento possa vir a ser?






Costumamos dizer que queremos encontrar nossa alma gêmea. Aquela que curte coisas parecidas, que tem hábitos semelhantes. Mas, a vida não é assim. Normalmente nos relacionamos quase sempre com o diferente. Com aquele que acha aquele seu hábito chato, não curte os mesmos lugares que você. Mas, a química inexplicável do universo faz com que amemos incondicionalmente essa pessoa. Nas diferenças que nos separam existem as conexões profundas que nos ligam. E quando passamos a viver juntos, descobrimos novos desafios. Por exemplo, para poder estar junto dessa pessoa, às vezes precisamos abdicar de algumas coisas. Deixar um pouco de lado aquele hábito, reduzir a frequência de certas coisas. E esse pode ser um ponto de tensão entre duas pessoas. A arte da negociação entre duas pessoas que se amam. Até onde você está disposto a ceder? É essa a pergunta que Calmaria nos faz, com um belo roteiro de Phellip William e a arte exuberante de Melissa Garabeli.


Em uma tarde de chuva, Tan está perdido na praia. Ele acaba encontrando Lia que o convida a esperar a chuva passar em sua casa. Os dois moram em uma pequena ilha onde, aparentemente, os dois são os únicos habitantes. Nesse dia chuvoso, nasce uma bela amizade. Tan é meio introvertido, mas acaba cedendo ao carisma e à animação de Lia que o faz sair de casa, embarcar em trilhas a lugares lindos. Os dois se entendem em suas diferenças que os aproximam mais e mais. A amizade se torna um algo mais, uma conexão que os une e que dói quando se separam. Mas, ambos são diferentes demais. Poderá o laço que os une superar os obstáculos da vida a dois? As invasões de espaço, os momentos em que queremos estar sozinhos, os nossos hábitos estranhos?


A arte de Melissa continua linda demais. Ela emprega uma palheta de cores viva, que te transmite emoções e sentimentos que transbordam dos quadros. Seus personagens conseguem nos passar o que estão sentindo e a autora usa várias páginas até sem balões para nos transmitir isso. Não consigo deixar de parar e observar os lindos quadros que Melissa compõe, e em um ir e voltar de páginas apreciar o que ela fez nesse quadrinho. É aquela arte para degustarmos com calmaria e carinho porque acaba rápido e ficamos querendo mais. Os enquadramentos que ela emprega são bastante assimétricos, o que nos surpreende a cada página que passamos. As sarjetas são incorporadas ao padrão artístico que a artista tenta impor e produz alguns momentos belíssimos. Sua arte se encaixa muito bem na história. O roteiro foi feito para ela desenhar.


Phellip é bastante inteligente em seu roteiro. Ele acaba sendo bastante econômico nos balões de diálogo e deixando que as cenas nos transmitam as emoções e sentimentos que permeiam cada momento. Isso permite uma narrativa enxuta, e ao mesmo tempo deixa a arte da Melissa brilhar. Se trata de uma temática simples, mas colocada com elegância e no tempo certo. Primeiro o autor faz com que a gente se conecte com os personagens para depois trabalhar a temática que ele deseja. Quando nos damos conta já estamos bastante envolvidos com a relação dos dois. Ou seja, o roteiro é eficiente em gerar empatia. Na minha visão, a HQ tem o tamanho certo, sem barrigas ou nada que esteja ali por nada. O final é tranquilo de entender, mas ele deixa uma série de camadas interpretativas aos quais podemos imaginar um algo a mais.


Os personagens são bem desenvolvidos. Tan é aquele que tem maior dificuldade para se relacionar. As coisas que ele quer dizer parecem ficar entaladas na garganta e ele não consegue ser honesto com seus sentimentos. Já Lia é expressiva demais. A ponto de sua honestidade conseguir confundir Tan. É engraçado que no começo eles apenas buscavam um ao outro para poder fugir do tédio, mas aos poucos a presença do outro se torna uma constante e uma necessidade. Como comer ou beber água. Os dois não conseguem mais realizar suas tarefas cotidianas adequadamente sem o outro. Quando eles se movimentam para estabelecer uma relação mais duradoura, os limites são ultrapassados. Para quem está acostumado a viver sozinho, estar com outra pessoa envolve ter sua intimidade adentrada e não existe mais espaço para guardar coisas. Eventualmente tudo é compartilhado. E isso em um primeiro momento é sufocante. Porque parece que deixamos de ser nós mesmos para nos tornarmos o que o outro quer que sejamos. Essa disputa é eivada de combinados e negociados. Somente quando os dois perceberem o quanto fazem falta de verdade um para o outro é que eles vão conseguir superar esses obstáculos e criar um algo novo. Não é mais a minha casa ou a sua casa, mas é a nossa casa. Só tenho a recomendar essa bela leitura.




Ficha Técnica:


Nome: Calmaria

Autor: Phellip William

Artista: Melissa Garabeli

Editora: Independente

Número de Páginas: 112

Ano de Publicação: 2021



















Algumas reflexões e novidades sobre o retorno do site. Acompanhem conosco nesta pequena matéria.


Estou oficialmente voltando do hiato que tivemos durante a metade do ano. Para quem não sabe, estive três meses parado por conta de alguns comentários bem desagradáveis que visualizei na internet. E tudo isso aconteceu por conta de um erro em um lead de uma resenha de quadrinho. Estou sendo bem sucinto para não ficar criando desculpas esfarradas aonde elas não existem. Infelizmente existe uma parcela do público que é tóxica mesmo e não se incomoda em detonar o outro. Basta vermos perfis de algumas pessoas bacanas na internet para ver o quanto as pessoas se armam até o último nível para destruir o próximo. Diálogo e argumentação não existem mais no dicionário. Falando sobre o Ficções Humanas, já digo logo de cara


Não pretendo continuar com as resenhas de quadrinhos.


Ainda tenho materiais de quadrinhos já prontos e tenho um material de parceria que ainda não li, mas que me comprometi com o autor de assim o fazer. Mas, depois que eu terminar, estou fora. Possivelmente o público de quadrinhos consegue ser ainda mais tóxico do que o de literatura e eu não domino o formato de resenhas de quadrinhos. Não sou especialista no assunto e por mais que eu estude, leia materiais a respeito, ouça podcasts, assista vídeos, participe de fóruns, não vou conseguir superar essa barreira. Estou aberto a mudar de ideia no futuro, mas por ora só vou publicar o material que já está pronto, mais para não desperdiçar o mesmo e dar tempo de escrever outros materiais. Isso deve dar ainda um bom tempo de publicações, possivelmente até o ano que vem. A partir de então, pretendo usar as quintas como dia de resenha para histórias curtas (contos ou novellas). Vi que aqueles que visualizam o site tem um interesse nesse tipo de histórias.


Quanto a outra das "reclamações", que tem a ver com resenhas de materiais "lacradores". Sinto informar, mas nos últimos meses, e muito despertado pelas "reclamações", fiquei ainda mais inclinado a publicar resenhas e matérias sobre "lacração". Sinto até que no meu ambiente profissional, me radicalizei ainda mais a ponto de ser combativo mesmo. Possivelmente a melhor resposta que darei aos "críticos" vai vir na forma de uma resenha no próximo domingo. De uma autora fabulosa, clássica, e cujo material é raríssimo no Brasil. Alguém que precisou usar um nome masculino para ser publicada no métier. E que, já adquiri outros dois materiais dela. Portanto, o site volta à sua natureza mais voltada para a literatura e vou deixar para que outras pessoas trabalhem com quadrinhos. Quadrinhos, para mim, será a minha leitura de entretenimento, sem obrigação com sites ou qualquer coisa do tipo.


Minha frequência de publicações também deve diminuir. Isso por causa de compromissos familiares e profissionais que vou assumir em breve, o que me impede de dedicar muito tempo ao espaço. Não vou sequer me comprometer mais com datas ou dias. Não pode ser uma obrigação, e sim um espaço para compartilhar aquilo que curto e chamar outras pessoas a lerem também. Quando algo se torna uma obrigação e passa a ter uma espada pendendo sobre a cabeça, a gente se dá conta de que a essência inicial se perdeu. E não é isso o que desejo.


Enfim, hoje foi mais uma abertura dos trabalhos. Na quinta, já temos a retomada da coluna de resenhas, assim como no domingo. Algumas colunas habituais que eram publicadas aos sábados vão passar para a segunda, compondo três publicações por semana, o que acho um número bem satisfatório hoje. Quero deixar os meus agradecimentos a algumas pessoas bacanas que mandaram frases de apoio, depoimentos (não vou citar nomes porque posso esquecer algum e não seria bacana) e aos meus amigos da editora Avec que foram extremamente compreensivos comigo. O meu grande abraço a todos.
















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Conversa aberta. Uma mensagem lida. Pular para o conteúdo Como usar o Gmail com leitores de tela 2 de 18 Fwd: Parceria publicitária no ficcoeshumanas.com.br Caixa de entrada Ficções Humanas Anexossex., 14 de out. 13:41 (há 5 dias) para mim Traduzir mensagem Desativar para: inglês ---------- Forwarded message --------- De: Pedro Serrão Date: sex, 14 de out de 2022 13:03 Subject: Re: Parceria publicitária no ficcoeshumanas.com.br To: Ficções Humanas Olá Paulo Tudo bem? Segue em anexo o código do anúncio para colocar no portal. API Link para seguir a campanha: https://api.clevernt.com/0113f75c-4bd9-11ed-a592-cabfa2a5a2de/ Para implementar a publicidade basta seguir os seguintes passos: 1. copie o código que envio em anexo 2. edite o seu footer 3. procure por 4. cole o código antes do último no final da sua page source. 4. Guarde e verifique a publicidade a funcionar :) Se o website for feito em wordpress, estas são as etapas alternativas: 1. Open dashboard 2. Appearence 3. Editor 4. Theme Footer (footer.php) 5. Search for 6. Paste code before 7. save Pode-me avisar assim que estiver online para eu ver se funciona correctamente? Obrigado! Pedro Serrão escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:42: Combinado! Forte abraço! Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:41: Tranquilo. Fico no aguardo aqui até porque tenho que repassar para a designer do site poder inserir o que você pediu. Mas, a gente bateu ideias aqui e concordamos. Em qui, 13 de out de 2022 13:38, Pedro Serrão escreveu: Tudo bem! Vou agora pedir o código e aprovação nas marcas. Assim que tiver envio para você com os passos a seguir, ok? Obrigado! Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:36: Boa tarde, Pedro Vimos os dois modelos que você mandou e o do cubo parece ser bem legal. Não é tão invasivo e chega até a ter um visual bacana. Acho que a gente pode trabalhar com ele. O que você acha? Em qui, 13 de out de 2022 13:18, Pedro Serrão escreveu: Opa Paulo Obrigado pela rápida resposta! Eu tenho um Interstitial que penso que é o que está falando (por favor desligue o adblock para conseguir ver): https://demopublish.com/interstitial/ https://demopublish.com/mobilepreview/m_interstitial.html Também temos outros formatos disponíveis em: https://overads.com/#adformats Com qual dos formatos pensaria ser possível avançar? Posso pagar o mesmo que ofereci anteriormente seja qual for o formato No aguardo, Ficções Humanas escreveu no dia quinta, 13/10/2022 à(s) 17:15: Boa tarde, Pedro Gostei bastante da proposta e estava consultando a designer do site para ver a viabilidade do anúncio e como ele se encaixa dentro do público alvo. Para não ficar algo estranho dentro do design, o que você acha de o anúncio ser uma janela pop up logo que o visitante abrir o site? O servidor onde o site fica oferece uma espécie de tela de boas vindas. A gente pode testar para ver se fica bom. Atenciosamente Paulo Vinicius Em qui, 13 de out de 2022 12:39, Pedro Serrão escreveu: Olá Paulo Tudo bem? Obrigado pela resposta! O meu nome é Pedro Serrão e trabalho na Overads. Trabalhamos com diversas marcas de apostas desportivas por todo o mundo. Neste momento estamos a anunciar no Brasil a Betano e a bet365. O nosso principal formato aparece sempre no topo da página, mas pode ser fechado de imediato pelo usuário. Este é o formato que pretendo colocar nos seus websites (por favor desligue o adblock para conseguir visualizar o anúncio) : https://demopublish.com/pushdown/ Também pode ver aqui uma campanha de um parceiro meu a decorrer. 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Vou conversar com os demais membros do site a respeito e te dou uma resposta com esses detalhes em mãos e conversamos melhor. Atenciosamente Paulo Vinicius (editor do Ficções Humanas) Em qui, 13 de out de 2022 11:50, Pedro Serrão escreveu: Bom dia Tudo bem? O meu nome é Pedro Serrão, trabalho na Overads e estou interessado em anunciar no vosso site. Pago as campanhas em adiantado. Podemos falar um pouco? Aqui ou no zap? 00351 91 684 10 16 Obrigado! -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! OverAds Certification -- Pedro Serrão Media Buyer CLEVER ADVERTISING PARTNER contact +351 916 841 016 Let's talk! 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