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Resenha: "Suspiria - Coração em Chamas" de Luca Laca Montagliani, Alex Horley et al

Neste segundo volume temos mais três histórias da milady das trevas. Na primeira, vemos a chegada do príncipe dos vampiros e da sedutora Zora ao reino infernal; na segunda, uma ex-bailarina precisa cuidar de seu companheiro em uma cadeira de rodas. Mas, se tornou um abusador alcoólatra e a vida dos palcos ficou para trás. Por fim, Grimória conhece o poeta Mariusz e surge uma improvável conexão.

Impróprio para menores de 18 anos


Sinopse:


Segundo livro de Suspiria a ser publicado no Brasil. Três novos contos escritos por Luca Laca Montagliani e desenhados por Alex Horley, Andrea Bulgarelli e Andrea Jula.


Suspiria é a personificação onipresente do medo e do desespero. Ela perambula pela Terra desde o início dos tempos, caçando e punindo almas que não conseguem se livrar do próprio destino por pura indolência. Suspiria está sempre na companhia da sua mãe Santa Morte e das suas três irmãs, Nênia Candelária, Sudária e Grimória.





Esse é o segundo volume de Suspiria, uma criação de Luca Laca Montagliani. É uma obra com teor altamente sensual e erótico, mas Montagliani consegue encaixar algumas reflexões interessantes sobre humanidade, violência e libertação. Às vezes fica-se preso aos desenhos de mulheres esculturais nuas e Montagliani não esconde o uso de uma poesia decadentista e até de uma filosofia libertária para tratar de temas difíceis. Quando o primeiro impacto passa e o leitor presta atenção no que está lendo, o resultado é bem diferente. No geral, a experiência que eu tive com este segundo volume foi diferente do primeiro no sentido de que passei a deixar um pouco de lado a surpresa com o erotismo e observar as minúcias. Montagliani premia o leitor atento com uma dose bem curiosa de pensamentos. Só nesse volume, ele nos coloca diante de um grupo de vampiros incomodados com a efemeridade e materialismo da humanidade, uma mulher cuja vida parou para poder cuidar do marido e um poeta que observa a beleza e a curiosidade mesmo em um lugar infernal.


A edição da Tai Editora está bem legal com uma capa dura com uma ilustração belíssima de Suspiria e seus dotes. Sinto apenas a falta de um prefácio ou algum texto de algum brasileiro para dar um ar diferenciado à edição. A Tai poderia pedir para alguém como o Alexandre Callari (que é fã do gênero) para escrever um texto bacana para a edição. Contudo, cada uma das edições tem algum texto seja do próprio autor, de um bailarino (tem a ver com a segunda história), de um artista ou até de um psiquiatra analisando as prisões que o amor impõe àqueles que se envolvem em uma relação tóxica. O papel empregado é o off-white e ajuda bastante nas pinceladas firmes em preto. Os trechos em colorido ficam meio vazados, mas nada que prejudique apreciar a linda arte do quadrinho. A tradução está muito boa e não tive dificuldades em entender as histórias. Me faltou um pouco de contexto para entender quem eram o tal do Deathless e da Zora, que aparecem na primeira história. Me parece ser alguma referência do mundo do metal.


Mencionando história por história, a primeira delas chama-se Em Nome de Lúcifer e nos mostra um grupo de vampiros cansados de estarem na Terra adentrando no inferno. Suspiria conhecia já o Príncipe das Trevas que veio acompanhado da sedutora Zora. Montagliani nos traz um grupo de imortais cansados de lidarem com uma humanidade que permanece cometendo os mesmos erros. Para ele, é preciso uma renovação na Terra e eles precisam do anjo caído para lhes oferecerem seu poder. Mas, a Mãe Morte nega o contato com Lúcifer que dorme em um sono profundo. O autor faz uma crítica profunda à maneira como a humanidade usa o seu tempo de vida. Suas ações não levam a lugar nenhum e mesmo seres imortais como os vampiros podem se cansar de observar tamanha estupidez. Entrando mais a fundo na mentalidade de Montagliani observamos que em seus contos os humanos são sempre apresentados como seres desprezíveis e mesquinhos. As criaturas sobrenaturais e demoníacas são entendidos como seres puros em sua maldade e danação. Por conhecerem os pecados, sabem reconhecer o véu que separa a verdade da mentira, o tolo do iluminado. Só vemos mulheres que sofrem algum tipo de abuso ou violência como alguém que possui algum tipo de qualidade como a menina no volume passado que sofria violências desde a infância e o amor verdadeiro veio do lugar mais inesperado e nessa edição mais dois humanos.



A arte de Alex Horley é lindíssima puxada em tons sépia e em um vermelho bem carmesim. Suas figuras são repleta de detalhes obscuros e angulosos. Algumas de suas splash pages são belíssimas e fiquei muito em dúvida se achava a arte de Horley ou a do Andrea Jula melhor. A diferença é que as mulheres desenhadas por Horley são mais fisicamente imponentes enquanto Jula não se importa em desenhar imperfeições. Existe também um ar maligno em Suspiria que confere esse aspecto demoníaco de sua personalidade. O design da Zora me fez lembrar imediatamente das amazonas guerreiras de histórias de capa e espada como a Valeria nas histórias do Conan. Outro detalhe é que o artista sabe aproveitar todo o quadro mesmo que ele precise nublar alguns cantos ou inserir elementos repetidos. Horley usa poucos quadros e tem uma boa noção de profundidade. Suas paisagens parecem ser imensas, mesmo que o quadro seja no tamanho padrão.


A segunda história é a que dá nome ao volume e mostra uma história mais pé no chão do autor. Ele nos mostra uma mulher cuja vida está presa a um marido alcoólatra e abusador. Abusador não no sentido sexual, mas moral. A jovem e seu marido eram um casal de bailarinos que faziam sucesso pelo mundo todo. Mas, um acidente fez com que as pernas de seu marido ficassem paralisadas e ele ficou rendido a uma cadeira de rodas. Desde então sua rotina é ser xingada, ofendida e fazer todas as vontades do marido. Ainda mantendo a beleza do passado, ela é alvo dos olhares de homens cobiçosos diante de suas curvas voluptuosas. Para ganhar a vida, ela vende flores na praça até o dia em que um velho compra todo o seu cesto e a leva até um beco para fazer maldades. É então que Suspiria e Nenia aparecem para lhe aconselhar. A jovem precisa fazer uma escolha antes que esta lhe seja retirada para sempre de suas mãos. E pode ser uma escolha que poderá amaldiçoá-la para sempre.


Montagliani nos apresenta um enredo bastante comum na vida real, usando o seu estilo único de contar histórias. A protagonista vive uma relação tóxica com o marido que a maltrata diariamente. Ela se sente em dívida com o marido por achar que é sua obrigação como esposa. Em sua mente paira também o medo de sofrer com o ostracismo social. Só que a sua infelicidade é perceptível ao não ser capaz de viver uma vida digna. Suspiria mostra também a ela que seu marido tinha inveja do sucesso da esposa, que era a mais talentosa do casal. De certa forma ele é em boa parte responsável pelo ocorrido. A milady das trevas também questiona se a jovem não merecia um amor que a tratasse com respeito, lhe dando aquilo que ela precisava. É uma trama simples, mas que possui um grau de veracidade que é incrível. Esse tipo de relação existe em toda parte e é responsável por uma enorme quantidade de crimes de feminicídio e violência doméstica. O pior é que esses contextos quase nunca são denunciados a tempo de evitar algo mais grave. Sem mencionar que o tema desta história também é o da masculinidade tóxica, não apenas do marido, mas de outros homens da vila. Estes desejavam apenas abusar do corpo da jovem, como se transar com um grande número de mulheres fosse um selo a ser exposto e dar orgulho. Dois amigos da vila competem para ver com quantas estes são capazes de levar para a cama. E a jovem é um desafio a ser superado, já que ela é fiel ao marido. Curiosamente, esse é o enredo menos erótico dos três, na minha visão. Tem alguns vislumbres de erotismo, mas o enredo se centra mais nos problemas vividos pela protagonista.


Embora conheça várias pessoas que curtem a arte do Bulgarelli, confesso que ela não me agrada nem um pouco. Ele tem uma boa noção de ângulos de cena e até de preenchimento do pano de fundo, mas algo no que ele apresenta nos quadros não conversa comigo. Não sei se é porque o design de personagens me parece estranho ou fora de compasso ou se a movimentação dos personagens pelos quadros me é esquisita. Até mesmo a sequencialidade em alguns momentos (como na praça com ela carregando o cesto e encontrando a dupla de homens cobiçosos) não encaixa com a visão passada pelo roteiro. Provavelmente é isso: o roteiro parece estar indo para um lugar e a arte para o outro. De toda forma, Bulgarelli sabe desenhar umas cenas bem pesadas e fornecer o impacto emocional necessário. Seja a expressão da jovem ao ser ofendida pelo marido e a expressão belicosa de um homem devastado por uma vida infrutífera, ou os gestos maliciosos de Nenia diante de uma mulher destruída. Nessas poucas cenas, consigo ver o que faz do artista tão reconhecido.


A última história é deliciosa porque nos remete a vários filmes que já vimos em outros momentos. Desde o volume passado que vimos Grimória como a irmã que menos se encaixa por ser alguém talvez não tão atraente quanto as outras. Seu domínio é o das maldições, então sua ação não é tão direta quanto a de Sudária ou até de Suspiria. Na narrativa, chamada A História de M, vemos o poeta Mariusz indo parar no barco de Grimória para ser levado às profundezas do inferno. Montagliani é bem sutil ao nos dizer como Mariusz morreu, o que merece eu não contar. Basta entendermos o quanto o poeta é uma pessoa doce e respeitosa, mesmo àquelas que o difamaram em seu lugar natal. Rapidamente Grimória toma interesse em Mariusz que se mostra um homem curioso pelas hordas infernais. Os dois desenvolvem uma conexão curiosa que vai se revelar ser uma estranha fascinação sexual entre um escritor infernal e uma demônio das maldições. Grimória tem dificuldades em lidar com seus sentimentos já que seus dotes giram em outra direção então é interessante perceber que caminhos o autor usa.

Mariusz é alguém capaz de enxergar as coisas além do que elas aparentam ser. Encontra a beleza das situações e do coração dos indivíduos nos lugares mais bizarros possíveis. Sua fascinação por Grimória vem de ele entender que ela esconde uma profundidade que outros não são capazes de ver. Ao longo de toda a história, o poeta decadente usa palavras simples para lidar com a mulher pela qual desenvolve um afeto. É curioso pensar que Grimória por ter muito conhecimento é alguém eloquente e acaba sendo atraída por um indivíduo de hábitos simples. Grimória tenta encontrar uma racionalidade no que está acontecendo a ela, mas se vê incapaz. É quando Suspiria lhe diz para apenas aproveitar a situação toda e curtir o prazer em suas mais variadas vertentes. Quando ela se liberta de seus medos e receios é que o que os dois sentem florescem. Essa cena do olho, apesar de mórbida, é de uma beleza encantadora. Digna de um poema de William Blake.


A arte do Jula é incrível também. Gosto de como ele não se incomoda em desenhar imperfeições, em ser curvilíneo quando deveria ser reto. Jula tem uma visão das cenas que me remetem aos escritores vitorianos do século XIX com personagens malditos buscando sua redenção. Só que o mundo ao redor é um dos infernos clássicos, ou seja, há criminosos e amaldiçoados aos quatro cantos da cena. Jula representa muito bem estas cenas partindo de uma base cinza no corpo dos personagens e preenchendo com um vermelho sanguíneo que chega a encantar em um jeito maldito. O desenho que ele faz da barca dos condenados atravessando o rio Styx é belíssima. Gosto também de como ele consegue trabalhar bem as expressões dos personagens e a cena acima com Mariusz entregando os seus olhos é de arrepiar.


Mais um bom volume de Suspiria e a cada novo volume somos apresentados a mais camadas da escrita de Montagliani. Fiquei em dúvida se achei esse volume melhor ou pior do que o anterior, mas a primeira história me incomodou um pouco porque exigia alguns conhecimentos de mundo que são de fora da história. Nesse sentido o roteirista pecou. Em todo caso, temos a segunda história com um roteiro excelente e uma terceira história que é muito sutil e bela ao tratar de outro lado das irmãs.










Ficha Técnica:


Nome: Suspiria - Coração em Chamas

Autor: Luca Laca Montagliani

Artistas: Alex Horley, Andrea Bulgarelli e Andrea Jula

Editora: Tai Editora

Tradutor: Duda Ferreira

Número de Páginas: 192

Ano de Publicação: 2023


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