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Resenha: "Deadly Class vol. 2 - Crianças do Buraco Negro" de Rick Remender, Craig e Lee Loughridge

Depois dos acontecimentos do volume anterior, Marcus precisa entender os seus sentimentos por Maria ao mesmo tempo em que está atraído por Saya. E um problema do passado de Marcus volta para atormentá-lo.



Sinopse:


Estamos em 1988, e Marcus Lopez está se adaptando à Escola de Artes Mortais dos Reis Soberanos, uma instituição secreta onde a futura geração dos assassinos mais letais do mundo é treinada. Ele tem uma namorada, um círculo de amigos e está aprendendo um ofício: a arte de matar. Mas a juventude brutal de Marcus vem à tona, ameaçando revelar segredos que ele esconde há muito tempo nas cinzas do passado. Segredos que colocam em risco a vida de todos ao seu redor.


Junte-se à aclamada equipe criativa formada pelo roteirista RICK REMENDER (Black Science), o artista WES CRAIG (Batman) e o colorista LEE LOUGHRIDGE (Fear Agent) para conhecer o mundo clandestino dos anos 1980 através dos olhos dos adolescentes mais perigosos e problemáticos da face da Terra.






Deadly Class é uma série que ainda não me convenceu sobre o para que veio. O roteiro é bem diferente do que estamos acostumados a ver em outras HQs e mescla alguns clichês como o da "escola de magia" e o dos adolescentes desajustados. Mas, Remender entrega isso em um pacote que mais parece existir pelo shock value do que por uma narrativa coesa em si. Me preocupa essa percepção por que se eu parar para refletir sobre o que era esse segundo volume, chegou a conclusão de que as coisas acontecem por um motivo bastante superficial que se resume a: uma garota tem ciúmes de um garoto por que ele parece estar atraído por outra garota. Estou sendo bem reducionista, e deixando de lado toda a narrativa de violência, drogas e abusos que integram outros trechos da HQ, mas no fundo a essência que move esse segundo volume é isso. Não chega a ser uma história ruim e a arte é bem insana aqui, mas fica bem abaixo do primeiro. E eu nem curti o primeiro tanto assim.




Alguns pequenos spoilers da edição anterior!!! Atenção!!!





No fim do primeiro volume, Saya acabou matando Chico para poder salvar os seus colegas da sua vontade assassina. O que pega é que Chico e Maria são profundamente ligados por laços que levam desde a sua infância. Precisar esconder sua morte se torna um voto dos que estavam envolvidos em toda a confusão e é algo que vai assombrar a todos durante esse segundo volume. Maria está apaixonada por Marcus, e estar vulnerável após os acontecimentos trágicos a leva ao limite. Ela está em um abismo onde ela quer esquecer tudo o que aconteceu. Suas emoções beiram entre uma euforia sexual, a uma vontade ilimitada de causar atos de violência e momentos de depressão. Fica claro desde o começo que Marcus está ao lado de Maria, mas não nutre sentimentos por ela. Ele estar encantado com o mistério por trás de Saya certamente vai colocá-lo em apuros. Mas, antes disso uma parte do passado de Marcus volta à tona com um grupo de assassinos insanos que levaram o corpo de Chico. Bem, Marcus faz parte de uma escola de assassinos, então sem problemas, né? Mais ou menos. O grupo de seu antigo bully é formado por criminosos em série da mais alta periculosidade; gente capaz de cortar o seu nariz fora e te deixar nu coberto de... bem...coisas... que não são legais. Marcus e Saya vão tentar bolar um plano para recuperar o corpo de Chico e vingar Marcus por uma infância complicada.


O problema do roteiro deste segundo volume é que a gente não sabe aonde ele quer chegar exatamente. Remender coloca tantas coisas no caldeirão que a gente fica confuso. Os três primeiros capítulos sofrem com esse problema de ritmo. Demorei a entender que eles queriam enfrentar a tal gangue dos serial killers. Remender concentra algumas cenas neles, mas esta intenção não fica clara a princípio. Porque as mudanças súbitas de um enredo para o outro não auxiliam no ato de coesão. No mesmo capítulo a gente tem os criminosos fazendo bandalha, Maria com problemas, Marcus trabalhando, Saya pensando e depois eles indo parar em uma festa no campus. Isso poderia fazer sentido se houvesse uma sequência coordenada. A partir do terceiro capítulo quando Remender nos conta o passado de Marcus e o que eles pretendem fazer a seguir, a história recupera seu prumo e a gente consegue ver dois capítulos finais insanos. A arte do Wes Craig me deixou um pouco dividido neste volume, mas deixo para comentar mais abaixo.



Falando dos temas mais sérios da HQ, temos mais do passado de Marcus sendo revelado. Ele viveu em um orfanato onde ele precisava ajudar na preparação de drogas para um grupo criminoso de bases religiosas. A chefe do orfanato era uma senhora que agia como uma espécie de tutora das crianças. Só esse momento em si mesmo já é bem complicado. E pensar que isso existe principalmente em regiões mais pobres, faz da narrativa de Remender mais intensa. Estamos falando de uma escola de assassinos, mas alguns dos panos de fundo podem bem ilustrar situações que vemos em regiões no interior. Outro exemplo é a infância de Maria que ela vivia em uma aldeia administrada por um coronel. O que eles produziam na lavoura era obrigatoriamente enviado para ele que deixava as famílias com apenas o suficiente para sobreviver. Se alguma família escondesse ou desviasse o que fosse produzido, a punição era severa. É a ação típica de um coronel ou um mandão, um tipo de figura comum em áreas rurais. Alguém que usa contatos na política e uma milícia local para manter a ordem. Chico é filho do coronel que administrava o lugar em que Maria morava. Provavelmente saberemos mais no terceiro volume da série que parece ser mais focado nela.


Os problemas adolescentes realmente não me agradam nem um pouco. Mas, é o que é, né? Vamos falar deles. Então Marcus decidiu ouvir os seus hormônios e se envolver com Maria. Infelizmente ela é uma garota que sofreu muitas perdas e abusos e sua necessidade de estar com Marcus vem de um pensamento de proteção. Isso embora ela seja uma das assassinas mais eficientes do grupo. Se colocarmos Saya e Maria um ao lado da outra, Maria é mais silenciosa e improvisa com mais facilidade. Só que um lado emocional fraturado a torna vulnerável em diversos momentos. O estado em que ela ficou após a morte de Chico tem prejudicado a ela mesma colocando-o em altos e baixos. E Maria percebe os movimentos de Saya em direção a Marcus e exibe um nível de ciúmes elevado que serve para afastar Marcus. Ele já não estava querendo se envolver com ela, e a reação dela ao que aconteceu cria um sentimento de culpa no protagonista. Algo que, com a propensão de Marcus a fazer bobagens, vai redundar em mais bobagens. Nesse segundo volume ficamos nesse tango entre Maria e Marcus com Saya servindo de terceiro instrumento ao fundo. Mas, um instrumento ameaçador.


De outro lado temos a gangue dos assassinos malucos. Sério... eles são... malucos. Algumas das situações são bem gore, o que pode incomodar quem não curte muito. Enfim, eles iniciam uma série de ataques a pessoas aleatórias na cidade de forma a solidificar seu próprio nome. O líder da gangue deseja ficar conhecido. Então ele mantém um mesmo modus operandi para que receba um nome nos jornais. Chester, o garoto do passado de Marcus, integra esta equipe de assassinos malucos como um dos capangas. E Marcus quer acertar as contas com ele. O ataque dos alunos ao esconderijo dos criminosos é uma bagunça total. É engraçado que antes da invasão, Lex (o especialista em bombas) traça um plano super elaborado junto com a Saya. Um plano em várias etapas que visa acabar com a resistência do grupo em poucos passos. Leva dois minutos para o plano ir por água abaixo. O que a gente vê é porrada para tudo que é lado, balas voando e os personagens se envolvendo em uma briga homérica. Apesar de eles serem assassinos mortais, planejamento não é o forte deles. E isso os coloca sempre em situações de quase morte.


Este segundo volume se revelou menos interessante do que o primeiro. A história perdeu um pouco do seu fôlego para colocar como plano principal uma narrativa chata. Algo que a gente sabia qual seria o desfecho e Remender levou um volume inteiro para solucionar isso. Tem lá seus momentos engraçados como o Marcus precisando ficar de atendente na loja de quadrinhos depois de ter enchido a cara de burritos, a festa de slam e a gangue dos criminosos malucos. A arte está legal apesar de que ela ficou um pouco estranha e desfocada, talvez porque o roteiro não ajudou tanto.


O Quadrinho em 1 Quadro:



Wes Craig usa largamente as grades narrativas ao longo de todo o volume. São divisões de quadros que funcionam como uma janela em caleidoscópio. No quadro acima, temos um uso ideal deste recurso com cada quadro representando uma cena específica. Ou seja, Craig usa a passagem de momento para momento em que a página forma uma narrativa como um todo a partir de pequenos recortes de diversos núcleos narrativos. Ao juntarmos as informações vindas de todos eles conseguimos criar uma sequência lógica. O legal é que nesses quadros, a narração do Marcus no fundo funciona como um tipo de fluxo de pensamento. É um exemplo de como roteiro e arte se combinam para formar algo novo surgido a partir da combinação das duas habilidades. Porém, isso não é o normal. Na maior parte das vezes as grades dividem uma cena maior. Por exemplo, um cara atirando no outro. Essa cena seria um quadro grande, mas Craig decide dividir a imagem em vários pequenos quadros separados por sarjetas. O efeito é o de uma vitrine ou de uma série de janelas. Acho o recurso legal quando comedido. Na sua fase nos Vingadores, Mike Deodato usava bastante essas grades, mas em momentos específicos para passar alguma cena mais dramática. Em Deadly Class essas cenas se repetem bastante, o que incomoda um pouco.


Mas, fiquei apreciando algumas páginas onde Craig foge um pouco dos parâmetros e insere pequenos quadros sobrepostos uns aos outros. Isso dá um efeito muito legal, principalmente em cenas de ação. É como se fossem tomadas cinematográficas com closes ou plongés feitos em alguns personagens. Seja em um momento crítico ou em uma situação em que eles estão escapando da morte. Loughridge completa as cenas de Craig com cores chapadas ou em tom pastel o que dá toda uma sensação de estranhamento bem vinda ao quadrinho. Afinal, ele é estranho mesmo. Vou deixar para falar mais sobre as cores na próxima resenha, porque ela não me chamou tanto a atenção neste volume.











Ficha Técnica:


Nome: Deadly Class vol. 2 - Crianças do Buraco Negro

Autor: Rick Remender

Artista: Wes Craig

Colorista: Lee Loughridge

Editora: Devir

Tradutor: Marquito Maia

Número de Páginas: 128

Ano de Publicação: 2019


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