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Resenha: "Asa Noturna vol. 3" de Tom Taylor, Bruno Redondo e Geraldo Borges

Atualizado: 19 de nov. de 2023

Depois dos acontecimentos em Gotham, Dick Grayson retorna a Bludhaven para descobrir que sua cabeça está a prêmio. Não, não a cabeça do Asa Noturna... a do Dick Grayson. E ele vai precisar da ajuda dos Titãs para lidar com tantas ameaças à sua identidade secreta.


Sinopse:


Dick Grayson retorna a Blüdhaven após os eventos de Estado de Medo, apenas para descobrir que uma recompensa de US$ 10.000.000 foi colocada por sua cabeça devido a seus planos de mudar a cidade. E ainda: o encontro de Asa Noturna e Superman! Anos atrás, quando Robin deu seus primeiros passos incertos para longe de Batman como herói solo, Superman interveio e ofereceu apoio e conselhos a Dick Grayson, além de tê-lo nomeado como Asa Noturna. Agora chegou a hora do Asa Noturna retribuir o favor… com o filho de Kal-El, Jon Kent.






Tendo saído do desastroso volume 2, que sequer existe na numeração americana, voltamos à programação normal. A história era tão enfadonha que temos apenas recordações genéricas sobre o que aconteceu. O enredo que acontece com Dick aqui poderia ter sido facilmente adaptado caso o personagem nunca tivesse ido a Gotham. Os problemas vividos por ele continuam a ser abordados e damos continuidade aos desenvolvimentos. Tem uma parada suave no meio do caminho para uma ida a Metrópolis, mas dessa vez nada que atrapalhe o andamento geral. Esse terceiro volume também chegou a ser indicado para o Eisner, mas a série ganhou outro prêmio de melhor série contínua. O que mostra a força do que Tom Taylor vem fazendo aqui. O nível de qualidade é espetacular, e tirando a gordurinha que tem na história com o Jonathan Kent no meio, seria uma edição perfeita. Mesmo assim a qualidade é altíssima. Sem falar que o Bruno Redondo está voando baixo na arte e mesmo quando foi substituído pelo Geraldo Borges a arte continuou boa.


Ao retornar a Bludhaven, Dick Grayson descobre que tem um prêmio pela sua cabeça. Não pela do super-herói, mas pela identidade secreta. O Arrasa-Quarteirão está incomodado com os projetos de revitalização propostos pelo Dick para a cidade e quer eliminá-lo a todo custo. Para isso ele emprega diversos mercenários que o perseguem em plena luz do dia. Percebendo o risco que o Asa Noturna estava correndo, Barbara Gordon (nossa querida Babs) pede ajuda para os Titãs. Os assassinos são tantos e tão variados que vai precisar da força combinada do grupo todo para evitar situações mortais. E o Dick não ajuda muito se expondo a situações em que ele se torna um alvo fácil (nosso herói sequer está vestindo seu uniforme por baixo... mesmo um colete à prova de balas). No outro arco, Dick é contactado por Kelex para conversar com Jonathan Kent, filho do Superman. Com o pai distante em uma missão no Mundo Bélico, Jon assume o manto de Superman, mas passa a vivenciar os problemas de ser um herói poderoso responsável por milhares de vidas. O peso do manto está se tornando insuportável, e Dick tenta aconselhá-lo. No meio de tudo isso, surge uma organização criminosa disposta a matar todos os heróis do mundo chamada de Ascensão.


Facilmente o Bruno Redondo está vivendo um momento alto em sua carreira. Tanto que ele se permite fazer experimentos artísticos nas edições do Asa Noturna. Logo na segunda página da primeira edição deste volume já me lembrei por que o primeiro volume me cativou tanto. Para mim, essa primeira edição é a melhor do volume todo. Como se fosse algo super comum, Redondo faz a edição inteira em splash pages, como cenas contínuas, empregando o efeito De Luca. A qualidade das cenas é impressionante e Redondo tem um cuidado absurdo com o fundo brincando com easter eggs nas páginas. As páginas são verdadeiras obras de arte e mostram o personagem em ação lutando contra os bandidos. A premissa da primeira edição é muito simples: Dick está sendo alvo dos mercenários e um deles sequestra a Asa Peluda. A edição é uma grande cena de perseguição. Mesmo nas outras edições em que Redondo se contém mais, a arte é dinâmica, interessante e prende a nossa atenção às páginas. Por exemplo, na segunda edição tem uma página dupla fascinante da Coelhinha (uma das mercenárias) recebendo uma encarada da Estelar e tentando fugir antes de ser pega pela Donna Troy. Uma cena dividida em quatro quadros que funcionam como janelas, mas possuem um belíssimo senso de continuidade.



Nas edições do Geraldo Borges temos uma arte mais mainstream, mas não sei o que é, mas algo na arte do Borges me deixa interessado. Não sei se é porque ele tem uma boa noção dos personagens que está desenhando ou o emprego específico de cores. Ele acaba pegando um arco complicado de desenhar em que temos um team-up entre o Flash e o Asa Noturna. E desenhar o Flash é sempre desafiador para representar a força de aceleração. Vale destacar também que a arte do Borges não é tão diferente assim da do Redondo, mas com um foco maior no uso de sombras e perspectivas. Dá um tom até um pouco mais carregado na arte do Borges, mas para a história em si serve muito. Alguns momentos mostram as boas sacadas dele na quadrinização. Por exemplo, tem uma cena em que a Babs é sequestrada em que ele consegue dar um bom foco ao que está acontecendo a ela e o cenário ao redor. Dá naturalidade à cena. Ele gosta de alguns bons ângulos em que o leitor precisa acompanhar frente e fundo. Ou seja, tem coisas acontecendo por todos os espaços de um quadro... ele não é só centralizado.


O roteiro do Tom Taylor está bem preciso e se concentra em três grandes temas: os amigos do Asa Noturna, o fardo de carregar um nome e a parceria entre o Flash e o Asa. Começando pelo primeiro, temos o Dick precisando sobreviver a uma enorme quantidade de inimigos. E aqui Taylor subverte dois clichês. Não é o herói que está sendo perseguido, mas sua identidade secreta. Então Dick fica exposto e precisa lidar com a situação com bastante calma sem revelar quem ele é. O segundo clichê é o de ser dependente de amigos para derrotar inimigos poderosos. A subversão vem do fato de que Dick não é dependente, são os amigos dele que estão preocupados com o seu bem-estar. A personalidade altruísta do personagem o impede de simplesmente buscar ajuda. Mas, a ajuda vem porque seus amigos sabem o quanto ele é uma pessoa que acaba se metendo em situações complicadas porque deseja ajudar os outros. Isso é feito de uma maneira tão natural tanto nas ações quanto nos diálogos que o leitor passa a gostar do Dick simplesmente por ele ser um cara legal. A gente torce por ele. É diferente das sombras que o Batman carrega por ter perdido os pais e estar em uma cruzada contra o crime. Dick enxerga o que há de bom nas pessoas e os ajuda sem pedir nada em troca. A recíproca é dada não porque ele cobra favores, mas porque as pessoas sentem que o mundo é um lugar melhor com ele por perto.


Vou tocar rapidinho no ship do Dick com a Babs. E Taylor é malandro e não insere em nenhum momento essa discussão antes do último número deste volume. Babs e Dick estão vivendo juntos, fazem coisas juntos, combatem o crime juntos. Mas, não se referem a si mesmos como um casal, apesar de fazerem todas as coisas como casal. Quando conversa com o Flash mais para a frente, ele diz que a relação dos dois é complicada e Wally responde da maneira que a gente gostaria de responder. Não é a relação que é complicada, mas os dois que a tornam complicada. A relação dos dois tem um tom de reciprocidade e cumplicidade que me fez lembrar na maneira como a relação entre o Clark Kent e a Lois Lane funciona. A conversa sobre colocar um rótulo nela vai ser necessária.



No meio de dois arcos temos o crossover com a revista do Jonathan Kent. E desde que seu pai deixou a Terra em missão que ele sente o peso de ser o Superman. Em situações onde alguém morre acidentalmente ou um vilão foge para cometer mais crimes, ele se culpa pelo ocorrido. Dick coloca para ele que não há problema em falhar de vez em quando. O importante é saber que você fez o melhor que pôde por aqueles que precisavam de sua ajuda. É óbvio que o Jon não é o Clark. Existem anos de experiência entre eles, foram que pai e filho são pessoas diferentes, com valores e posturas diferentes. O erro do Jon é querer ser o Clark. É isso o que Dick destaca para ele. Seja seu próprio herói. Dick cita o momento em que ele assumiu o manto do Batman temporariamente enquanto o Bruce Wayne estava morto. E o quanto isso deu toda uma outra perspectiva a ele. Gosto de pensar no Dick como um mentor para o Jon, porque ele é simplesmente essa pessoa de luz que pode iluminar a maneira como o Jon enxerga o mundo. O Superman é um herói solar e ele precisa ser lembrado disso para poder ser um símbolo de otimismo e esperança para as pessoas.


Nas últimas histórias temos um team-up entre o Wally e o Dick que precisam perseguir La Agente Funebre, uma lendária agente de assassinos que os coloca à disposição pelo preço a ser pago. O Arrasa-Quarteirão contrata seus serviços ainda em perseguição ao Dick e o que eram apenas alguns atiradores comuns escala a um outro nível. Os dois heróis passam a trabalhar juntos para descobrir o paradeiro dela. Esse arco pequeno é bem legal para mostrar a conexão que existe entre os dois, desde a época dos Novos Titãs. É uma amizade genuína, de dois caras que querem o bem um ao outro. Wally não se preocupa só com a segurança de seu amigo, mas deseja o melhor para ele e busca aconselhá-lo em seu relacionamento com a Babs. Tem alguns momentos bem legais como o do abraço fraternal entre eles depois da explosão da casa onde Dick vivia e de como o Asa salva a vida do Wally mais para a frente. Tem uma situação lá no final que mostra muito do altruísmo do personagem quando ele precisa se decidir se destrói lá a base secreta ou se usa a informação que dispõe para realizar um bem maior.


Belíssima edição essa que retoma o bom momentum do personagem. Aliás, Taylor está inserindo aqui as sementes para o seu futuro trabalho nos Titãs que começa depois dos acontecimentos do número 100 do Asa Noturna (provavelmente virá no volume 5 da série). Por isso que começamos a ver o Mutano, o Wally, a Ravena, a Estelar e a Donna de volta. Uma edição também que explora bastante o que faz o Dick uma pessoa tão especial. O coração do herói. A arte do Bruno Redondo está uma covardia de tão boa e mesmo quando é substituído por outro artista, a peteca não cai. O ponto fraco desta edição foi o crossover com o Jon, mas nem se compara com o desperdício de tempo que foi o volume anterior.












Ficha Técnica:


Nome: Asa Noturna vol. 3

Autor: Tom Taylor

Artistas: Bruno Redondo e Geraldo Borges

Colorista: Adriano Lucas

Arte-Finalistas: Bruno Redondo, Geraldo Borges e Wade von Grawbadger

Editora: Panini Comics

Tradutores: Diogo Prado e Rodrigo Barros

Número de Páginas: 160

Ano de Publicação: 2023


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