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Resenha: "Twelve Kings in Sharakhai" (The Song of Shattered Sands vol. 1) de Bradley P. Beaulieu

Çeda é uma gladiadora nas ruas sombrias de Sharakhai. Conhecida como a Loba Branca, ela tem um passado que a assombra: seus pais foram mortos cruelmente por criaturas que assombram a cidade. Ela acredita que um dos doze reis que governam a cidade é um dos responsáveis. E ela planeja destruí-los. Só tem um problema: eles são indestrutíveis.

Sinopse:


Sharakhai, a grande cidade do deserto, centro de comércio e cultura, foi governada desde tempos imemoriais pelos doze reis - cruéis, violentos, poderosos e imortais. Com seu exército de Lanças Prateadas, sua companhia de elite de Damas das Lâminas e seus defensores sagrados, os terríveis asirim, os Reis mantiveram suas posições como lordes absolutos e invencíveis do deserto. Não há esperanças de liberdade para todos aqueles sob o domínio deles.


Ou é o que parece, até que Çeda, uma jovem mulher corajosa da pobre zona leste da cidade, desafia as leis dos Reis ao sair para fora de cada na noite sagrada do Beht Zha'ir. O que ela descobre naquela noite a coloca em um caminho que passa através tanto das verdades terríveis da misteriosa história dos Reis e dos enigmas secretos de sua própria herança. Juntos, estes segredos poderiam finalmente quebrar a mão de ferro do poder dos Reis... se os quase-onipotentes Reis não encontrá-la primeiro.






Muitas vezes quando lemos um livro gostamos da forma como o universo literário apresentado pelo autor é construído. Brandon Sanderson, George R. R. Martin e Patrick Rothfuss são conhecidos por primarem na forma como tornam os seus mundos verossímeis e interessantes. Mas, algo que é muito difícil passar para o papel é a sensação de realismo em um universo fantástico. Realismo no sentido de sentirmos a existência desse mundo através de nossos cinco sentidos. Em Twelve Kings of Sharakhai, Bradley P. Beaulieu conseguiu construir um mundo tão rico em sensações que o leitor se sente tragado para esta incrível capital onde nem tudo é o que parece.

Çedamihn "Çeda" Ahyanesh'ala é uma órfã criada nas ruas de Sharakhai. Sua vida não foi fácil e seu passado esconde um acontecimento terrível: sua mãe foi morta em praça pública por ter tentado assassinar os reis. Desde então Çeda se tornou uma lutadora de rua, competindo em uma espécie de arena do submundo onde precisa enfrentar todo o tipo de oponente. Mas, como ela é filha de uma traidora, ela precisa esconder o seu rosto; assim surge a lenda da Loba Branca. Mas, agora que se tornou adulta, seu desejo de vingança sopra cada vez mais forte e ela quer a todo custo terminar o que sua mãe começou. Quando Çeda vai fazer um serviço extra para Osman, chefe da arena, ela se envolve em uma trama que envolve um grupo de nômades que desejam o extermínio do governo corrupto de Sharakhai. Mas, os doze reis não são seres comuns: são indivíduos com fabulosos poderes sobrenaturais capazes de dobrar a realidade a seu favor. Sem contar em suas guarda-costas, as poderosas Blade Maidens.

Devo dizer que o aspecto principal da escrita de Beaulieu é sua imersão. Sharakhai é uma cidade fascinante e ele trabalha com os sentidos dos leitores. Conseguimos cheirar as especiarias vendidas no mercado; conseguimos ouvir os leves sussurros e tramas feitas por aqueles que desejam acabar com os doze reis; vemos as emboscadas e os pequenos roubos que se passam na praça central. Enfim, somos estimulados de todas as maneiras a embarcar no cenário. Muitas vezes desejamos que o autor explore outros lugares de seu universo literário. Neste livro, não; eu quero que Beaulieu me mostre mais da cidade, quero que as histórias aconteçam dentro deste núcleo cosmopolita em que raças de todas as partes do mundo de Beaulieu se concentram.

Eu senti dificuldade no começo para me simpatizar com Çeda. Ela me pareceu uma personagem muito bidimensional nos primeiros capítulos e os cortes entre passado e presente feitos pelo autor não ajudaram neste sentido. Por volta da página 100 eu já comecei a entender mais as motivações da personagem. Não dá mais para construirmos uma protagonista que só quer vingança e ponto final. Isso acaba tornando a personagem superficial demais. Mas, aos poucos, o autor vai dando contornos a ela, mostrando que, apesar de ela ser uma guerreira, ela é uma pessoa frágil que se separou de sua mãe ainda muito jovem e não teve uma família em quem se apoiar. Sua família é Emre, seu amigo de infância e por quem tem sentimentos que nem mesmo ela sabe definir. A pessoa que a criou após a morte de sua mãe preferiu manter distância a desenvolver afeição por ela. Também fiquei preocupado pelo fato de a protagonista ser uma mulher e o autor não conseguir passar os sentimentos da personagem de forma adequada. Muitos autores sentem dificuldades para expressar as motivações, virtudes e defeitos de uma mulher: ou estereotipam demais ou tornam a mulher em um personagem quase masculino. Não foi o que aconteceu aqui, pois Beaulieu soube conduzir respeitosamente a personagem.

Assim como muitos autores na atualidade, Beaulieu também emprega os Pontos de Vista. Os outros dois personagens com quem ele trabalha são Emre e Ramahd. Emre é o amigo de infância de Çeda. O envolvimento de ambos é muito complicado por causa de seu passado. Assim como Çeda, Emre perdeu alguém muito próximo a ele. Foi seu irmão que fora assassinado no lugar de Emre após este ter roubado um nobre. Çeda e Emre se distanciaram após este episódio por motivos diferentes: Çeda por achar que Emre a culpara por ter se vingado em seu lugar e Emre por não ter sido forte o suficiente para ajudar seu irmão. Este sentimento de culpa o colocará na mira de Macide, o líder do grupo Moonless Host. Estes desejam destronar os reis de Sharakhai e Macide convence Emre a se unir. Mas, tudo irá se complicar quando Çeda e Emre estiverem em lados opostos de um confronto entre os doze reis e o Moonless Host. Emre nos é apresentado como um homem sem confiança em si mesmo. Os acontecimentos subsequentes farão com que ele cresça e amadureça forçosamente. Ele precisará ainda lidar com seus sentimentos em relação a Çeda os quais não eram claros para ele.

Ramahd representa o império dos Qaimiri. Ele se encontrará com Çeda durante a entrega de um pacote a Macide a mando de Osman. Os capítulos com Ramahd são pequenos e esparsos; logo eu acredito que Beaulieu deixou para desenvolver melhor este núcleo em livros subsequentes. O que sabemos de Ramahd é que ele está caçando Macide, responsável pela morte de sua noiva, Yasmine. Esta também é a filha do governante dos Qaimiri e estes estão em busca de vingança. Meryam, irmã mais nova de Yasmine, abraçou a magia de sangue e deseja a todo o custo a cabeça de Ramahd, não se importando com a forma como isso se dará. Ramahd e Meryam possuem uma química estranha e eu acredito fortemente que Meryam é apaixonada por Ramahd. Mas, sua mente está nublada pelo espírito da vingança.

A mitologia presente neste universo fantástico é muito rica. A forma como Beaulieu apresenta a magia parece algo saído das Mil e Uma Noites. Não se trata aqui de uma fantasia ao modelo de Senhor dos Aneis, mas algo com personalidade própria. As histórias sobre os deuses e as criaturas mágicas de Sharakhai ganham contornos e são imprescindíveis para que possamos compreender todas as nuances da história. Vamos lidar, por exemplo, com os asirim, seres condenados que precisam carregar sacrifícios nas noites do Beht Ihman, caso contrário, Sharakhai perde a proteção dos deuses. Aliás, deuses estes que caminham entre os homens e são deuses cujos sentimentos são desagradáveis em relação aos humanos.

Enfim, há muita coisa a se dizer sobre este livro. Ele foi considerado um dos melhores livros do ano de 2015, mesmo tendo sido lançado apenas em setembro. Beaulieu mostra aos leitores como criar um universo literário criativo e diferente. Eu fiquei muito curioso pela sequência da história. Espero poder embarcar mais vezes em uma viagem ao mercado de Sharakhai.










Ficha Técnica:


Nome: Twelve Kings in Sharakhai

Autor: Bradley P. Beaulieu

Série: The Songs of Shattered Sands vol. 1

Editora: DAW

Gênero: Fantasia

Número de Páginas: 592

Ano de Publicação: 2015


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