Um grupo de amigos encontra uma estranha pedra no museu de Nova Terra. Violet tenta conter suas emoções para que elas não cheguem ao Intercept, mas a emoção de viver a aventura de desvendar os mistérios desta pedra são irresistíveis.
Sinopse:
No século 23, existe um mundo brilhante de verão sem fim onde a paz é mantida através da vigilância sobre as emoções feitas por um aparelho peculiar chamado de Intercept. Quando Violet Crowley, a filha de dezesseis anos do Pai Fundador da Nova Terra coloca as mãos em um artefato coberto por marcações misteriosas, cabe a ela e seus amigos decifrarem a mensagem.
Assim como qualquer um de vocês, um dos gêneros que eu mais curtia quando era mais novo era o de aventura. Adorava mistérios e jornadas a lugares desconhecidos. Esse é um gênero que anda meio em baixa nos últimos tempos, por conta da simplicidade de suas histórias. Julia Keller nos presenteia com uma gostosa aventura que se passa em um mundo futurista. E ela consegue atacar todas as características de uma boa aventura: meninos curiosos, um mistério estranho, uma corrida contra o tempo e um grande segredo. Violet é a mais velha do grupo com dezesseis anos. Isso para vermos o quanto a história é formada por jovens curiosos. Ah, para quem curtiu a aventura, The Tablet of Scaptur é um prequel para The Dark Intercept que se passa algum tempo depois.
Nova Terra é o lar da humanidade agora. A Velha ficou em ruínas devido aos abusos feitos pela humanidade. Ogden Crowley projetou uma espécie de terra flutuante, bem acima do solo onde a humanidade poderia viver em paz, longe das ruínas daquilo que já foi sua casa. Para manter a sociedade em ordem foi criado o Intercept, um dispositivo que vigia as emoções das pessoas. Shura e Violet foram ao museu quando esbarram com uma cientista sendo levada por "policiais". A cientista coloca uma pedra nas mãos de Violet antes de ser levada embora. Ao chegar na casa de Rez, Violet e seus amigos examinam a pedra e descobrem entalhes nela. E esses entalhes parecem esconder um mistério sobre Marte.
Vou tentar não entregar muito da história. A escrita da autora é mediana, serve bem ao propósito da narrativa. Não é sofisticada demais, nem boba também. Consegue entregar bem aquilo que se propõe a fazer, mantendo o leitor preso do começo ao fim. A gente pode argumentar alguns furos na narrativa aqui e ali, mas acho que no caso de uma história aventuresca isso é preciosismo demais. No fundo a gente consegue se distrair com uma história narrada em terceira pessoa e que se passa com estes adolescentes tão legais e divertidos. A Violet cumpre bem o seu papel de protagonista, mas, sem dúvida alguma, a Rachel (a pequena menina de 7 anos) rouba a cena. Aliando inteligência e inocência, a menina tem umas ótimas tiradas durante a reunião dos amigos e é bastante útil para a resolução do mistério.
Essa é uma daquelas histórias que a gente quer ver mais dos personagens. E eu achei bem pensado por parte da autora fazer desse pequeno conto um prequel para a sua trilogia. Ela já entrega alguns dos temas que ela vai abordar na história maior. Porém, eu preciso dizer que para quem vai ficar apenas nesse conto, soltar alguns plots que não possuem resolução não é legal também. O leitor fica com uma sensação de que determinados elementos narrativos não servem para o que está sendo contado. Ou seja, não há um payoff. Se por um lado, serve para levar leitores a outras leituras, por outro, não posso deixar de analisar o quanto estes furos não contribuem para o conto em si.
Ficha Técnica:
Nome: The Tablet of Scaptur
Autora: Julia Keller
Editora: Tor.com
Número de páginas: 37
Ano de Publicação: 2017
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