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Resenha: "Psicose" de Robert Bloch

Mary Crane e Sam Loomis tem um tórrido caso de amor. Em um momento de loucura, Mary foge com 40.000 dólares que pertencia a seu chefe e se encontra com Sam. Durante sua fuga, eles se hospedam no Bates Motel onde são atendidos pelo estranho Norman Bates.



Sinopse:


Edição especial capa dura com caderno de fotos do clássico do Hitchcock. Uma verdadeira edição de colecionador, para quem gosta e entende do assunto.

Psicose, o clássico de Robert Bloch, foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas. Em “Psicose”, sem edição no Brasil há 50 anos, Bloch antecipou e prenunciou a explosão do fenômeno serial killer do final dos anos 1980 e começo dos 1990. O livro, assim com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror, inspirando um número sem fim de imitações inferiores, assim como a criação de Bloch, o esquizofrênico violento e travestido Bates, tornou-se um arquétipo do horror incorporado a cultura pop.






O quanto conhecemos sobre uma pessoa? Mesmo aquelas que vivem conosco: uma mãe, um marido, um filho. Será que conhecemos realmente todo o íntimo de uma pessoa ou apenas a sua superfície? O que veremos em Psicose é o estudo da psiquê das pessoas em que Bloch mostra aos leitores o quanto não conhecemos realmente todos. Mesmo uma pessoa absolutamente simplória e comum pode revelar um lado de si que pode nos assustar.

Mary Crane é uma jovem inteligente que trabalha em um emprego monótono no Texas. Ela gostaria de ter uma vida melhor, com o amor de sua vida e vivendo confortavelmente. Infelizmente nada disso aconteceu e agora, com 27 anos, ela vive presa a um emprego inútil com um patrão absurdamente machista e muquirana que a explora. Em uma viagem proporcionada por sua irmã Lila, Mary conhece Sam Loomis e rapidamente eles se apaixonam. Mas, Sam está envolvido em dívidas em sua loja de ferragens e pede que Mary espere alguns anos até que ele possa sanar suas dívidas. Depois de algum tempo, Mary faz uma loucura e foge com 40 mil dólares de seu patrão para ir se encontrar com Sam e eles possam viver felizes. Mas, durante o trajeto até Fairvale, onde Sam vive, Mary se perde em uma rodovia antiga e precisa parar para descansar à noite. Ela se hospeda no Bates Motel, um motel de beira de estrada esquecido pelo tempo. Mary é atendida por um homem de meia-idade, um pouco gordo e com olhos e jeito estranhos chamado Norman Bates. Ele a trata muito bem e a convida para jantar. Mal sabe Mary que Norman é uma pessoa atormentada por sua Mãe, responsável por deixá-lo preso neste motel de beira de estrada. Norman tenta dar um sentido à sua vida. Poucos dias depois de se hospedar no Bates Motel, Sam fica sabendo que Mary desaparecera. E agora? Onde foi parar Mary? Terá ela saído do motel e ido para o desconhecido ou Norman Bates sabe o que aconteceu a ela?

Para começarmos nossa conversa, é preciso situar o leitor no histórico da obra. Robert Bloch escreveu Psicose em 1959 e faziam décadas que uma nova edição não vinha ao Brasil. A escrita de Bloch é diferente do terror visceral que estamos acostumados nos dias de hoje. O que o autor faz é uma exploração da mente de um homem perturbado por uma vida de privações. A escrita pode não ser interessante a todos os leitores, mas o valor de Psicose é magistral. Autores como Stephen King, Peter Straub e Dean Koontz beberam dessa fonte. King afirma em seu livro Sobre a Escrita que Psicose foi uma das obras que o fizeram decidir ser um autor de histórias de terror. A maioria dos leitores devem conhecer a obra através do filme magistral de Alfred Hitchcock, mas o livro caminha um trajeto muito diferente do filme.


"Será que ela sabia? Será que sabia todo o tempo que havia uma fresta na parede, que ele estava espiando? Queria que ele a espiasse, fazia isso de propósito, a vagabunda? Estava se balançando, para frente e para trás, para frente e para trás, e agora o espelho novamente ondulava, ela ondulava e ele não podia suportar aquilo, queria esmurrar a parede e gritar que parasse, pois era ruim, era perverso o que estava fazendo. É isso o que as vagabundas fazem com você, elas corrompem e ela era uma vadia, elas eram todas umas vadias, a Mãe era uma... "

A temática principal é o nosso desconhecimento acerca do lado obscuro que cada um carrega dentro de si. Claro que os leitores vão citar diretamente a mente perturbada de Norman Bates, mas eu queria começar a explorar este tema por Mary Crane. Claramente o autor quis trabalhar o tema da psiquê porque a todo o momento tanto Lila como Sam se questionavam sobre o comportamento súbito de Mary ao fugir com o dinheiro. Esse lado da personagem surge por conta de uma sequência de decisões que a deixaram frustrada ao longo de sua vida. Em um momento tudo isso veio à tona e seu lado obscuro acabou tomando as rédeas e fugindo para ser feliz. Mostramos diariamente uma máscara para o mundo quando no interior sentimos e pensamos completamente diferente. Quantas mulheres não gostariam de jogar tudo para o alto e correr para o seu grande amor como Mary fez? Ou se afogar em seus instintos mais primitivos como Norman Bates e fazer aquilo que normalmente ele não faria? O choque do livro é nos fazer refletir o quanto somos frustrados e o quanto isso um dia pode estourar em uma explosão de fúria repentina.

Norman Bates não é um serial killer em ativo. Aconteceu aquela situação com Joe Considine, mas Norman manteve um grau de normalidade. Algo no encontro dele com Mary Crane faz despertar o seu lado obscuro subitamente. Em nenhum momento, Bloch afirma que Bates tenha cometido outros crimes. Para todos os efeitos apenas 4 pessoas morreram para ele. Reitero isso porque o filme e a série atual deixam transparecer outra coisa. A escrita de Bloch é uma análise psicológica e não um thriller de terror.

A ação se passa bem no interior dos EUA. Existe um contraste entre Lila que está desesperada para saber o paradeiro da irmã e Sam e o xerife que querem esclarecer a situação e evitar maiores problemas. Esse tema de como as coisas são resolvidas nas cidadezinhas do interior é algo retomado frequentemente por Stephen King em livros como Sob a Redoma, Salem e Christine. Percebam como King realmente bebeu de Bloch. O autor descreve muito bem o funcionamento de uma cidade do interior. Os personagens são comuns e são aquelas pessoas que você poderia encontrar facilmente na rua. Adoro esse tipo de escrita em que o leitor sente que existe o elemento da verossimilhança. Tudo é possível, palpável. Não há nada de fantasioso no livro. Aí está o verdadeiro terror de Psicose: alguém como Norman Bates é possível. Quantas mães abusivas existem espalhadas no mundo? Quantas crianças reprimidas existem?



A relação de Norman com sua mãe é de simbiose. Ele depende dela e ela depende dele para existirem. Por mais que Norman apareça brigando com a Mãe, ele não consegue conceber um mundo sem ela. Norma criou o filho de uma maneira errada... o próprio xerife percebe um certo ar de incesto na relação entre os dois. O autor insinua isto em diversos momentos e isto talvez tenha ajudado a formar o caráter do protagonista. Vale destacar que apesar de eu ter falado de Mary Crane no início desta resenha, o protagonista é Norman Bates. Bloch usa esse protagonismo para explorar as nuances de sua psiquê, explorando as motivações que o levam a praticar seus atos hediondos.

Psicose é um livro seminal da literatura de terror. É uma obra obrigatória a todos os fãs. Sua escrita pode ser um pouco ultrapassada e seu terror pode não ser aquela coisa gore e visceral de muitos livros na atualidade, mas sua narração não deixa de assustar o leitor com as possibilidades de que tudo o que está ali poderia realmente acontecer. Bloch constrói de maneira brilhante os seus personagens e usa um elenco pequeno de forma a explorar cada um de forma aprofundada.









Ficha Técnica:


Nome: Psicose

Autor: Robert Bloch

Editora: DarkSide Books

Gênero: Terror

Tradutora: Anabela Paiva

Número de Páginas: 256

Ano de Publicação: 2013


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