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Resenha: "O Rei de Amarelo" de Robert W. Chambers

A clássica coletânea de histórias contendo a misteriosa peça capaz de de invocar poderes estranhos e sensações inomináveis. Uma obra que inspirou gerações de autores. E uma peça nunca reproduzida.


Sinopse:


Obra-prima de Robert W. Chambers, O Rei de Amarelo é uma coletânea de contos de terror fantástico publicada originalmente em 1895 e considerada um marco do gênero. Influenciou diversas gerações de escritores, de H. P. Lovecraft a Neil Gaiman, Stephen King e, mais recentemente, o escritor, produtor e roteirista Nic Pizzolatto, criador da série investigativa True Detective, exibida pela HBO, cujo mistério central faz referência ao obscuro Rei de Amarelo.


O título da coletânea faz alusão a um livro dentro do livro — mais precisamente, a uma peça teatral fictícia — e a seu personagem central, uma figura sobrenatural cuja existência extrapola as páginas. A peça “O Rei de Amarelo” é mencionada em quatro dos contos, mas pouco se conhece de seu conteúdo. É certo apenas que o texto, em dois atos, leva o leitor à loucura, condenando sua alma à perdição. Um risco a que alguns aceitam se submeter, dado o caráter único da obra, um misto irresistível de beleza e decadência.






O Rei de Amarelo é considerado até hoje como um dos livros mais misteriosos da literatura mundial. Robert W. Chambers foi um homem à frente de seu tempo e seu livro consegue no entregar várias doses de um terror repetido somente por H.P. Lovecraft anos mais tarde. Em uma mescla de terror decadentista com pitadas de referências cósmicas, Chambers cria uma peça de teatro misteriosa capaz de levar os homens à loucura dado seu conteúdo. Curiosamente, uma peça de teatro nunca reproduzida pelo próprio Chambers, mas sempre mencionada em suas histórias. Uma espécie de alegoria macabra que funciona como catalisador para todo tipo de situação sobrenatural como um homem que se imagina parte de uma revolução fantasiosa em um EUA militarista utópico até sonhos compartilhados que revelam o horror em seus universos oníricos. Uma pena que Chambers tenha tido uma carreira tão curta naquilo que ele realmente sabia fazer (terror e suspense) e precisou escrever uma série de romances água com açúcar que fariam os fãs dos livros da Harlequin ficarem envergonhados.


O livro é uma espécie de coletânea de histórias curtas com romance fix-up. Muito cuidado que existem várias versões dessa coletânea com contos a mais ou a menos ou até contos diferentes. Segundo Carlos Orsi que é o prefaciador e o responsável pelas notas nos contos, esta edição é a mais próxima do que Chambers pretendia. Então temos os quatro primeiros contos que fazem parte de uma pegada mais sobrenatural e até distópica pelo autor, dois contos que fazem a transição entre esse fantasioso e algo mais realista e quatro contos de uma narrativa claramente policial/de mistério. Algumas versões desse livro substituem os três contos finais por outros contos de terror do autor. Mas, segundo Orsi, estes três contos são importantes porque fazem parte do cânone do Rei de Amarelo e tem sentido se colocado juntos com os outros seis. Aliás, fica o convite a todos para lerem o prefácio de Orsi que ajuda bastante a entender o autor, o contexto da publicação do livro e as reverberações que a mitologia criada por ele teve em outras mídias. Nesta resenha vou me concentrar apenas em falar um pouco sobre os cinco primeiros contos que estão mais no campo do terror e do suspense. Deixo as histórias policiais como um convite aos leitores para entrarem nessa obra tão fascinante.


O conto O Reparador de Reputações é o mais importante deste ciclo sobrenatural e é o que tem mais conexões com os outros contos. Nele somos colocados em uma espécie de EUA distópico que mudou após uma guerra contra a Alemanha. Tendo adotado uma postura militarista e bastante xenofóbica, vemos que se trata de uma nação decadente em que as pessoas sequer desejam viver nesta sociedade. O governo havia proibido os suicídios, prendendo os suspeitos de tal prática até que crias as Câmaras Letais. Nelas os indivíduos podem ir se suicidar de forma legal. Nosso protagonista é o sr. Castaigne, um homem possuidor de uma boa situação financeira e que se acidentou caindo de cavalo e batendo a cabeça. Seu estado de saúde ficou tão deteriorado que ele foi internado em um sanatório por alguns anos e foi liberado sob a alegação de que teria se curado. Mas, ele começa a ter contato com um homem chamado sr. Wilde que tem a reputação de ser uma espécie de reparador do status social das pessoas, fazendo indicações que parecem ser quase premonições. O primo de Castaigne, Louis se apaixonou por uma mulher chamada Constance, filha de um ferreiro que tem sua loja embaixo da casa de Wilde. Todos os dias, quando está sozinho em sua sala, Castaigne abre um estranho cofre e coloca uma coroa em sua cabeça e se olha no espelho imaginando ser um futuro rei. Só que as coisas começam a tomar um rumo sombrio quando Louis pede Constance em casamento.


"Uma a uma, estudei as páginas gastas, gastas apenas por meu manuseio, e, apesar de saber tudo de cor, desde o começo, "Quando de Carcosa, das Híades, Hastur e Aldebarã" até "Castaigne, Louis de Calvados, nascido em 19 de dezembro de 1877". Eu o lia com uma atenção ávida e arrebatada, parando para repetir algumas partes em voz alta e dando especial atenção a "Hildred de Calvados, filho único de Hildred Castaigne e Edythe Landes Castaigne, primeiro na sucessão" etc etc etc."

Essa é uma história perturbadora em que Chambers brinca com a nossa percepção da narrativa. Castaigne é uma narrador completamente não-confiável ao nos colocar em um mundo ora real, ora imaginário. Sua condição fez com que ele criasse uma espécie de imaginário ilusório para o mundo que o cerca que o faz sair repentinamente de um diálogo real para citar situações que existem apenas em sua mente. As situações que vão acontecendo uma após a outra no livro borram o que entendemos como real ou não. Isso porque a narrativa é contada em primeira pessoa, por Castaigne para o leitor. Há ainda uma segunda interpretação possível que é a de que todo o cenário onde ele vive é uma mentira e Castaigne se coloca contra essa coletividade cujas paredes se fecham ao seu redor. É uma história satírica, disruptiva e no qual não somos capazes de acreditar naquele que nos apresenta sua narrativa e seu mundo. E isso nos deixa sem chão no qual pisarmos.


A segunda história se chama A Máscara e nos coloca no meio de um triângulo amoroso entre o protagonista, seu melhor amigo e sua amada. Alec sempre amou Genevieve e se declarou a ela, mas esta o recusou dizendo estar mais apaixonada por Boris com quem se uniu. O trio desenvolve uma amizade tênue e enquanto Alec se dedica à sua arte como pintor, Boris descobre uma estranha substância capaz de transformar objetos e criaturas em peças de mármore acinzentado. O que parece ser uma incrível descoberta logo se transformará em um terrível pesadelo quando um dia Genevieve fica adoentada e diz coisas desconcertantes para Alec na presença de Boris. Será que isso irá abalar a amizade dos dois?


Essa história remete bastante ao clima decadentista das narrativas do século XIX como O Morro dos Ventos Uivantes, O Retrato de Dorian Grey entre outros. Percebemos aquele amarelado pálido das descrições com os personagens assumindo aquele comportamento ultrarromântico onde qualquer rejeição ou palavra mal direcionada pode provocar a doença e a ruína. Essa é uma clara história de amor com toques estranhos e vai nos fazer pensar acerca das escolhas que fazemos na vida. E na capacidade que uma pessoa tem de perseverar e aceitar as situações que lhes são impostas. Talvez nesta história Chambers tenha mais assumido o quanto era inspirado por Oscar Wilde e seja uma homenagem ao autor. Só achei o final mais bonitinho do que imaginava que seria.


Se podemos dizer que o autor tem uma verve no terror e no suspense esta se encontra em No Pátio do Dragão, a terceira história desse primeiro quarteto. Nela, um homem que gosta de assistir a missa na Igreja de São Barnabé se depara com um corista bizarro que toca acordes malévolos no órgão que tanto o encantou em tempos passados. Uma música maravilhosa que se tornou um convite ao estranho e ele se sente incomodado porque no meio de todo um coro de fiéis somente ele percebeu essa estranha mudança na música sagrada. Depois do incômodo inicial, nosso personagem sai da Igreja para retornar para a casa quando percebe estar sendo seguido pelo tal corista que faz ele ficar apavorado e tentar fugir a todo custo de sua influência maligna. Poderá ele fugir desse homem estranho ou estará ele fadado a ser levado para as costas de Carcosa?


"Eu estava atrasado após três noites de sofrimento físico e perturbações mentais: a última havia sido a pior, e foram um corpo exausto e uma mente entorpecida, apesar de extremamente sensível, que levei à minha igreja favorita para curar. Pois eu tinha lido O Rei de Amarelo."

Uma história de perseguição onde o terror é sutil e está na percepção que um homem tem de que aquele que se aproxima dele pode levá-lo à perdição. Além desse sentimento incômodo no início da história, não existe nenhum outro indício de que seu perseguidor tenha qualquer intenção maligna. É a conclusão que o protagonista chega baseado em instintos primitivos. Novamente temos uma narrativa contada em primeira pessoa da qual não há qualquer comprovação de que o narrador seja confiável. Chambers gosta de deixar o leitor perturbado com suas histórias e não nos fornecer qualquer base que sustente a crença de que é possível ser guiado pelo protagonista. Ele brinca também com esse sentimento primitivo que temos de estarmos sendo ameaçados por algo que não somos capazes de definir ou compreender.


Para H.P. Lovecraft, o conto O Emblema Dourado é considerado o melhor produzido durante a carreira de Chambers. É nele que vemos como funciona a ideia do amor/maldição nos contos do autor. Não importa se este é virtuoso ou pecaminoso, se é consumado ou platônico, a verdade é que a maldição sempre acompanha a revelação do amor. Nesta história temos um pintor, o sr. Scott e sua modelo Tessie que possuem uma curiosa relação quase paternal um com o outro. Mas, as visões de um estranho porteiro que possui um olhar diabólico vão ser compartilhados por ambos em sonhos assustadores. Tanto Tessie quanto o pintor sonham com uma estranha carreata fúnebre guiada por este porteiro macabro que passa na frente da casa de Tessie. Dentro do cocho está um caixão aberto com o corpo ainda vivo do sr. Scott dentro enquanto a jovem observa a tudo com lágrimas nos olhos. Um sonho perturbador que vai aproximar mais pintor e modelo até que um amor inesperado nasce daí. E será um pequeno objeto dourado o responsável por transformar sonhos em realidade.


" - Você acha que eu esqueceria aquele rosto? - murmurou ela. - Vi a carroça passar três vezes embaixo da minha janela, e toda vez o cocheiro se virava e olhava para mim. Ah, seu rosto era tão branco e... e flácido? Ele parecia morto... parecia que estava morto fazia muito tempo."

Esta é uma história que vai apelar aos instintos de temor e ilusão compartilhados pelos dois amantes insensatos. O protagonista diz o tempo todo não ser merecedor do amor de sua modelo, pois tem um passado com uma mulher Sylvia que o torna indigno. Na sua narração, novamente em primeira pessoa, percebemos o afeto que ele tem por Tessie enquanto luta para entender como corresponder aos seus sentimentos. Quanto ao porteiro macabro podemos usar várias interpretações possíveis: ele pode ser realmente uma força sobrenatural primitiva que se alimenta daqueles que estão de posse do emblema dourado; ou ele pode até ser o inconsciente de Scott dizendo a ele para se afastar de qualquer jeito de se relacionar com Tessie porque poderia levá-la à ruína. Temos todo o clima tétrico criado também pela leitura da peça O Rei de Amarelo que sempre encontra uma forma de estar onde o desastre se encontra. Seus horrores também são compartilhados pelo casal.


Para fechar esta resenha tenho que mencionar o Demoiselle D'Ys, que já pode ser considerado um conto mais realista, apesar de se passar em uma atmosfera quase onírica. Ele estabelece relações sutis com outras histórias da primeira parte desta coletânea. Nele, temos um caçador chamado Phillip que se perde em uma charneca enquanto realizava seu esporte. Ele não seguiu os conselhos daqueles que lhe falaram para levar um guia e foi salvo graças a uma bela falcoeira chamada Jeanne. Depois de discutir com ela, Phillip aceita ser abrigado por ela e seus companheiros falcoeiros enquanto arruma uma forma de retornar para sua casa. Mas, os dias passam e ele fica cativado pelos encantos da jovem donzela. Esta história tem um ar enevoado e borrado que se situa nos limites da realidade e da fantasia. Ao mesmo tempo em que observamos o cortejo de Phillip, percebemos que alguma coisa está errada, não se encaixa naquela atmosfera estranha e paradisíaca. Claro que, como em toda história sobre o Paraíso, sempre tem uma cobra esperando.


O Rei de Amarelo é um livro instigante, e que traz ao leitor uma forma diferente de assustar, de causar medo. Estamos acostumados com uma abordagem mais chocante do terror e nos esquecemos que para uma sociedade como a do século XIX e do início do XX, perder a virtuosidade era algo temerário. Ser tentado por forças demoníacas ou sobrenaturais podia ser através de um livro proibido, uma estranha noite em que coisas bizarras acontecem ou até mulheres misteriosas afetando nossa percepção sobre o certo ou o errado. O terror de Chambers fica em nossa mente, o quanto somos capazes de imaginar o inimaginável. O quanto conseguimos dar forma a esses medos mais primitivos. E ele faz isso através de um recurso narrativo que nunca se torna concreto e é amedrontador justamente por que tememos que seu conteúdo seja revelado. Só nesse ponto, Chambers foi revolucionário e inovador. Sem falar em sua prosa que flerta com a poesia.











Ficha Técnica:


Nome: O Rei de Amarelo

Autor: Robert W. Chambers

Editora: Intrínseca

Tradutor: Edmundo Barreiro

Número de Páginas: 256

Ano de Publicação: 2014


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