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Resenha: "Lendas do Universo DC - OMAC" de Jack Kirby

O Rei dos Quadrinhos criou o exército de um homem só: ele é OMAC. No mundo do porvir ele é o defensor da paz mundial e irá enfrentar todo o tipo de inimigo ao lado do Irmão Olho.


Sinopse:


Em um de seus últimos trabalhos para a DC, Jack Kirby (Novos Deuses, Senhor Milagre) criou uma distopia inspirada no aclamado livro 1984, de George Orwell, estrelada por Buddy Blank, um homem comum que foi alterado pelo satélite Irmão-Olho e se tornou O.M.A.C., o Exército de Um Homem Só. Com seus novos poderes, OMAC é alistado na Agência Global da Paz, que policia o mundo usando meios pacifistas, levando-o a enfrentar milionários com sede de poder que se aproveitam dos mais fracos.







OMAC é um daqueles quadrinhos para quem curtem histórias clássicas e vintage da DC ou da Marvel ou até quem é fã do trabalho do Jack Kirby. É uma HQ que tem uma história meio provocativa e muitas bizarrices que só poderiam ter surgido da mente do criador do Quarto Mundo. Só que é uma história que não tem final já que Kirby abandonou a DC após a oitava edição e ninguém assumiu a série depois disso. Então temos um final até meio abrupto e uma história que deixa muitos ganchos que seriam explorados depois por Kirby. É uma HQ que explora aquilo que o autor faz de melhor: criar ficções científicas provocativas que possuem alguns pés na realidade e muitos deles na ficção. OMAC vai te surpreender, divertir e, sem muito compromisso, te deixar embasbacado com a arte de um homem que estava em seu auge aqui e dava as cartas do que tenderia a nona arte.


Buddy Blank trabalha em uma empresa responsável por criar pseudogente, uma espécie de seres humanos artificiais capazes de realizar as mais diversas tarefas. No mundo do futuro, a paz mundial foi alcançada, mas sempre existem aqueles que desejam pôr o mundo e as pessoas em perigo. Os Agentes da Paz não podem portar armas e para isso precisarão criar um exército de um homem só, capaz de enfrentar todo tipo de adversário. É com esse objetivo que os Agentes encontram o professor Myron Forest que, através do Irmão Olho, um enorme satélite que orbita a Terra, irá transformar um ser humano comum em uma arma poderosa. Buddy Blank é escolhido e sua vida será transformada para sempre. Ele enfrentará terroristas, ladrões de oceanos, generais de milhares de homens. E tudo o mais que se colocar no caminho para a obtenção da paz.


É com essa premissa que Kirby nos entrega mais um dos seus projetos diferenciados. Se pararmos para pensar, o roteiro é bem simples e ele optou por situar o seu novo herói distante do mundo habitado por Superman e cia. Esse é o mundo do porvir onde tudo é possível. O roteiro é bem direto e as histórias se passam sempre em duas edições (ou seja, temos quatro histórias ao todo). É uma pena que Kirby não tenha conseguido desenvolver melhor o seu personagem, tendo ficado em edições bem iniciais. A última história nos dá uma pista do que Kirby começava a pensar para o herói. Confesso que OMAC é uma salada mista de clichês e insanidades e afora uma ou outra coisa, não é uma HQ que tenha aumentado a minha visão sobre a genialidade de Kirby. Queria entender exatamente aonde ele queria chegar porque ora parece que estamos em uma distopia, ora parece uma utopia. Ao mesmo tempo, os inimigos enfrentados por OMAC parecem ter boas origens, mas a execução parece estranha demais. Gostei mais do Grão-Mestre e do dr. Skuba. Os outros dois parecem aqueles vilões genéricos de seriados futuristas.


Se o roteiro parece estranho e até meio incoerente, a arte está em um outro nível. Isso é Jack Kirby no auge de suas potencialidades. O homem rasga os quadros com uma habilidade monstruosa. O nível de criatividade e de impacto é impressionante e isso começa na capa com OMAC atirando uma caixa com uma mulher desmontada dentro. Há muitos detalhes espalhados no fundo da página, tudo parece vivo demais. Ele consegue imaginar aparelhos bastante criativos em uma cidade saída dos sonhos mais insanos de um futurólogo. Agora que estou lendo mais histórias do Kirby, a gente consegue pegar algumas coisas que são comuns em sua arte como as poses de combate, as linhas de ação e a própria movimentação tanto do protagonista como de seus adversários. E é algo que é único na arte dele. Os designs de personagens são bastante criativos, desde os agentes que usam elementos cosméticos, à estranha criatura alada ou os seres modificados. As ideias não se repetem e conseguem impressionar. Se os quadros comuns já impressionam, as cenas de página inteira e as splash pages são coisa de outro mundo. Tem uma delas, no capítulo 1, em que OMAC está enfrentando umas caveiras gigantes e o quadro parece querer sair do papel e vir em nossa direção. Sem contar nos detalhes, nos ângulos e na precisão de detalhes. Pensar ainda que Kirby foi artista, roteirista e editor desta revista é algo que jamais poderia ser replicado hoje.


O roteiro é bem tranquilo de ler e por mais que seja um Kirby bem doido aqui, os conceitos são rapidamente compreendidos pelo leitor. Vale também elogiar a ótima tradução de Maria do Carmo Zanini que conseguiu manter o espírito da época em que Kirby escreveu, sem tirar nem pôr. Algumas das falas vão parecer ingênuas como o OMAC chamando um dos vilões de bobão, mas isso faz parte da maneira como ele entregava suas histórias na década de 1970. Era um outro período onde o que chocava o leitor estava em outra direção. Gosto de pensar na Agência de Paz como um organismo altamente regulador e que controla as vidas das pessoas nos mínimos detalhes. Vemos tanto os agentes como o Irmão Olho atentos a cada passo de nosso herói. Nesse momento, Kirby dá um verniz de aliados à coisa, mas cada vez que via aquilo, me incomodava de algum jeito. Me parecia que a vida de OMAC não lhe pertencia mais.


Se pensarmos a partir do prisma de Buddy Blank isso fica ainda mais explícito. Pense em um indivíduo que foi transformado, contra a sua vontade, em uma maquina assassina. OMAC não retém suas memórias e nem pode reverter à sua forma original. Será mesmo que não veríamos algum tipo de conflito interior entre herói e alter ego? Kirby usa o velho truque de fazer com que Buddy seja o loser que sofre bullying nas mãos de seus colegas, uma situação a la Clark Kent. Ele se transforma no OMAC quando vai investigar o desaparecimento de uma pseudogente chamada Lila a quem ele tinha um grau de amizade. Sua curiosidade o leva ao olho do furacão de uma conspiração envolvendo o envio de bombas para pessoas importantes. O tema dessa relação entre Buddy e OMAC é introduzida aqui, mas é meio que esquecida nas outras edições e só retomada na oitava edição. Queria ter visto mais dessa tensão até porque o Irmão Olho só vai voltar ao universo DC décadas depois. E certamente não como um aliado como aparece aqui.


Também penso no tema de uma sociedade vigiada a partir dos Agentes de Paz. Eles são representantes do mundo inteiro cuja identidade é apagada por um spray cosmético que fornece a eles um rosto uniforme. O quanto disso pode se assemelhar à situação vivida por Buddy Blank? Embora a atuação deles seja como suporte para OMAC, me pego refletindo sobre esse grupo que protege uma espécie de visão homogênea de mundo. E se este é um mundo que precisa de alguém como o protagonista, significa que existem algumas coisas percorrendo as frestas deixadas pela agência. Como a história terminou cedo, não houve espaço para que Kirby pudesse responder a todas essas questões. Vale destacar que a ideia do OMAC é derivada de uma visão que ele tinha para o Capitão América em um futuro próximo. E Kirby gostava de abraçar essas ideias conspiratórias ou o combate a super organizações criminosas. A fase do Capitão América, clássica dele, pode dar algumas pistas sobre alguns caminhos que ele poderia ter traçado para o personagem. No entanto, fica a dica dessa HQ de um monstro dos quadrinhos que acho que vale a pena ser conferida pelo seu valor histórico.


P.S.: Reduzi a nota final de enredo pela ausência de um final na HQ.











Ficha Técnica:


Nome: Lendas do Universo DC - OMAC

Autor: Jack Kirby

Arte-finalistas: Mike Royer e D. Bruce Bery

Editora: Panini Comics

Tradutora: Maria do Carmo Zanini

Número de Páginas: 176

Ano de Publicação: 2021


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