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  • Foto do escritorPaulo Vinicius

Autores em domínio público: Edgar Rice Burroughs

Considerado um dos precursores da literatura pulp e com personagens que até hoje fazem parte da cultura pop, Edgar Rice Burroughs tem uma importância fundamental para o desenvolvimento da literatura de gênero. Vamos conhecer mais sobre este influente autor!


Quantas vezes já não ouvimos falar sobre os homenzinhos verdes de Marte? Ou um cara de tanguinha gritando "oooooooooooooooooooooooo"? Esses e outros personagens clássicos, que estão na origem da literatura pulp foram criados por um homem chamado Edgar Rice Burroughs. Um grande desbravador que, em uma época em que literatura de gênero era algo praticamente desconhecido, ajudou a popularizar a fantasia, o estranho e a ficção científica. Muitos autores até os dias de hoje são influenciados por suas histórias. Mesmo que estas estejam um pouco datadas, a importância de Burroughs é ímpar e deu espaço a outros homens como Robert E. Howard, H.P. Lovecraft e tantos outros. Foi uma porta aberta por ele. Assim como Olaf Stapledon, sua obra se tornou domínio público desde o ano passado e tem sido explorada por várias editoras de muitas formas diferentes. Mas, quem foi ele?


Burroughs nasceu em 1875 em Chicago e era filho de um veterano da Guerra Civil Americana. Curiosamente, toda a sua família é de origem inglesa, e eles são tradicionais na região desde a colonização dos EUA. Ele descende de Edmund Burroughs, um dos primeiros colonos puritanos do século XVII a chegar no Novo Mundo, algo que ele comenta parcialmente em suas obras. Por parte de sua família paterna, seus ancestrais também foram parte importante da história americana, tendo lutado na guerra de independência. Entre seus parentes próximos contam primos que de fato assinaram a declaração de independência em 1776. Não apenas o autor como a família Rice e a família Burroughs são considerados um patrimônio histórico americano. Há quem diga que a inspiração para o personagem John Carter foi um membro de sua família como alguém que lutou na Guerra Civil.


Teve uma educação tradicional e fez parte da Academia Militar de Michigan. Tentou entrar para a tradicional Academia Militar Norte-Americana em West Point após sua graduação, em 1895, mas não foi bem sucedido. Mesmo assim ele acabou por se alistar no 7º Regimento de Cavalaria e teria tido uma vida comum como militar, mas foi diagnosticado com problemas cardíacos e foi dispensado em 1897. Depois disso ele passou por diversas profissões tendo sido cowboy no rancho de seu irmão e na fábrica de baterias de seu pai até se casar com Emma Hulbert. Mais tarde, Burroughs se envolveu em um projeto de exploração de uma mina aurífera e seus irmãos o colocaram na gestão de uma estrada de ferro. Mas, em 1904, ele acabou saindo do trabalho por não imaginar aquela profissão como algo que lhe satisfizesse. Isso pensando que era um empreendimento que rendia muito dinheiro, mas já começávamos a ver que Burroughs queria algo mais.


Vai ser a partir de 1911 que o autor começará a escrever literatura pulp. Ele já tinha dois filhos, Joan e Hulbert, com sua esposa Emma. Na visão dele, as revistas da época publicavam bastante material de qualidade discutível. E se alguém recebia por publicar tanta bobagem, ele poderia fazer algo semelhante. Ele acreditava ser capaz de produzir algo de melhor qualidade, dada a sua formação. Dois anos mais tarde, ele e Emma teriam um terceiro filho, John Coleman Burroughs, que foi ilustrador das obras de seu pai. Sua filha Joan se casou com o ator que fez o primeiro filme do Tarzan, James Pierce, e ela fez a voz de Jane entre 1932 e 1934, no audiodrama da época.


Em 1934, Burroughs se separou de sua esposa Emma e acabou por se casar um ano mais tarde com Florence Gilbert Dearholt com quem fundou a Burroughs-Tarzan Enterprises, a empresa que até hoje cuida dos direitos da obra do autor. Só que ele acabou por se separar também de Florence em 1942. Na época da Segunda Guerra Mundial, Burroughs vivia no Havaí e estava em Honolulu durante o ataque a Pearl Harbor. Ele se voluntariou para se tornar correspondente de guerra e se tornou um dos mais velhos a exercer essa função durante a guerra. Seu falecimento se deu devido a um ataque cardíaco quando ele havia retornado para os EUA, morando em Encino, na Califórnia. Sua obra total soma quase oitenta romances e deixou para trás personagens inesquecíveis.


Um de seus mais famosos personagens é o sargento John Carter, um homem que estava cansado de sua vida como combatente da Guerra Civil. Um dia, ao explorar uma enorme região de canyons, acaba transportado para Marte. Ao chegar lá, ele se depara com uma segunda chance em sua vida, já que antes ele era um confederado. Agora, poderia fazer a diferença e lutar pela justiça. Ele se depara com uma intensa rivalidade entre os marcianos verdes (mais guerreiros, rústicos e cruéis) e os vermelhos (preocupados com o desenvolvimento tecnológico e mais cultos) onde conhece a princesa vermelha Dejah Thoris, o amor de sua vida. Sendo um planeta diferente da Terra, Carter percebe que possui habilidades super-humanas como uma força ampliada e a capacidade de saltar grandes distâncias. É então que ele irá se unir aos marcianos vermelhos da cidade de Helium para derrotar seus rivais de Zodanga, iniciando uma épica batalha.


Essa narrativa é contada na série Barsoom, onde Burroughs irá explorar a vida e a trajetória do personagem. A série é formada por doze livros, dos quais foram publicados apenas os três primeiros volumes no Brasil que correspondem ao primeiro arco de histórias. É possível ler apenas esses três volumes e eles encerram bem a história do personagem. Este universo do John Carter já foi adaptado para o cinema em 2012, onde o protagonista era interpretado pelo ator Taylor Kitsch, Dejah Thoris pela atriz Lynn Collins e Thars Tarkas pelo polivalente Willem Defoe. Nos quadrinhos, a editora Dark Horse recentemente iniciou uma série de publicações com o protagonista, mas tem trabalhado forte com Dejah Thoris também, inclusive fazendo um crossover dela com a Red Sonja.


Mas, se falamos em Burroughs, é impossível não falar de Tarzan, o rei da selva. Um menino abandonado nas selvas da África e criado por grandes macacos Mangani. Um dia, ele acaba encontrando com outros humanos, depois de muitos anos vivendo na selva e estes o levam para conhecer a civilização. Após inúmeras confusões e desentendimentos, Tarzan decide retornar para a selva. Ele conhece Jane Porter quando esta fica perdida na selva e ele a salva. Quando Jane retorna para sua família, nos EUA, Tarzan vai atrás dela porque acaba descobrindo estar apaixonado por ela. Os personagens chegam a se casar e ter um filho chamado Jack. E o personagem chega a viver por algum tempo em Londres. O personagem se transforma em uma espécie de metáfora para mostrar a contradição entre a civilização e a vida simples da selva.

Tarzan possui uma longa série de livros: 26 no total abordando diferentes momentos da vida do personagem. No Brasil, tivemos uma publicação há várias décadas atrás. As versões mais recentes do primeiro livro da série foram publicadas pela Zahar Editores e pela Autêntica. Na TV tivemos inúmeras adaptações do personagem por toda o século XX. A versão para o cinema mais conhecida, em preto e branco, é do nadador olímpico Johnny Weissmuller que interpretou o personagem entre as décadas de 1930 e 1960. Nos quadrinhos, a história também não foi diferente com adaptações feitas pela Marvel (com a incrível dupla Roy Thomas e John Buscema) e pela Dark Horse que detém os títulos hoje. Vale mencionar a ótima adaptação feita por Joe Kubert. A Disney tentou reviver o personagem em 1999 tendo feito uma bela animação com uma trilha sonora inesquecível cantada por Phil Collins.


Se você é fã de fantasia e ficção científica, faça um favor a você mesmo e conheça a obra do autor. Ela vai parecer meio estranha e deslocada dos dias atuais, e até com algumas situações que vão suscitar o debate, mas vale pela importância histórica de seus personagens. Burroughs foi muito influente e autores como Ray Bradbury, Robert E. Howard e tantos outros beberam de sua obra. O legado que ele deixou para trás foram a fundação para a Era de Ouro da ficção científica e ele conseguiu atravessar a barreira que separa a literatura dos meios audiovisuais. Seus personagens se tornaram ícones da cultura pop. Celebremos a carreira deste grande autor.












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