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Analisando qualidades de Emma Bovary em romances fantásticos

Um dos conselhos mais difundidos a aspirantes a escritores é ler de tudo, principalmente os clássicos. Esta matéria discute este conselho de forma prática: como poderia usar as qualidades de Madame Bovary, livro clássico da literatura francesa, em um romance atual de ficção fantástica?



Muitos consideram a ficção fantástica um gênero marginal da literatura. Podem levantar inúmeros argumentos favoráveis quanto a isso, mas ainda prevalece o inegável: o universo fantástico faz parte da literatura. As semelhanças vão além de todos os romances fantásticos serem compostos por um “amontoado de um monte de coisas escritas”, de descrições separadas por partes ― capítulos ― ou não, ou contando histórias de personagens e suas respectivas questões essenciais. Podem alegar das histórias fantásticas terem uma preferência por focar no enredo, elaborar a jornada épica do protagonista. Mas mesmo com a estruturação dos capítulos e cenas elaboradas, as histórias desse gênero ainda precisam ser bem contadas, com estilos narrativos aperfeiçoados por ilustres escritores da história literária. Por isso propus a fazer esta análise: após ler Madame Bovary, o clássico da literatura francesa escrito por Gustave Flaubert, selecionei quatro qualidades e avaliei o quanto seriam efetivas em romances fantásticos que poderiam ser desenvolvidas por escritores atuais. Dentre as escolhidas, são duas prováveis de aproveitar sem problemas, e outras duas a evitar ou refletir bem acerca da viabilidade de desenvolver.


1 - Conduzir os vários elementos do cenário


O mundo avança conforme vivemos nossas vidas. Enquanto conversamos com amigos numa mesa de bar, o resto do estabelecimento também permanece vivo, com outras rodas de amigos, parentes ou equipes de trabalho. Há também quem sirva os clientes, atendendo inúmeras tarefas cotidianas além das questões pessoais lidadas ou sofridas durante o serviço. A TV pode transmitir acontecimentos importantes do país, ou aquele jogo decisivo da Libertadores. E tem mais! Da entrada do bar passam carros, além de muitas pessoas na calçada. Pode fazer sol, esfriar ou chover; e isso interfere em quanto tempo os clientes permanecerão lá, e por consequência o quanto gastarão.


O autor às vezes esquece sobre as possibilidades do ambiente da cena enquanto conta a história do personagem. De fato nem sempre vale a pena explorar essas questões, depende da proposta da história, do quanto o ambiente interfere no protagonista e vice-versa. Quando existe a demanda por essa relação, há o desafio em narrar todos os elementos sem causar tédio no leitor, e quanto mais elementos precisamos conduzir, nem preciso dizer como isto se torna difícil.


Gustave Flaubert estava ciente deste desafio, e mesmo assim procurou conduzir cenários em Madame Bovary como o do baile em Vaubyessard, apresentando as pessoas presentes, as respectivas conversas, sem ignorar a descrição física do cenário e, claro, desenvolver o dilema da protagonista entediada com o casamento! Flaubert realizou uma verdadeira orquestra neste cenário. Outro detalhe: mostrou tudo no mesmo segmento, sem descrever passagens ora numa perspectiva, para então retomar do começo ao narrar a outra; nem quebrar o ritmo ao intercalar “descrição, diálogo, outra descrição” e assim por diante.



Assim Flaubert substituiu toda a cadeia de diálogos existente na cena por parágrafos. Narrou, resumiu e mesclou as demais interações, pois tudo fazia parte do mesmo momento. As descrições também eram significativas, elaborando-as sempre na perspectiva do personagem, e a partir desse gerava valores interessantes a ele, pois caso fosse focado em outro personagem, mudaria o significado. Observe o trecho destacado, contado na perspectiva de Emma Bovary:


“A três passos de Emma, um cavalheiro de casaca azul conversava sobre a Itália com uma jovem mulher pálida com um adorno de pérolas. Elogiavam a espessura dos pilares de São Pedro, Tivoli, o Vesúvio, Castellamare e os Cassini, as rosas de Gênova, o Coliseu ao luar. Emma ouvia, com o outro ouvido, uma conversação cheia de palavras que não compreendia. Algumas pessoas rodeavam um jovem rapaz que na semana anterior vencera Miss Arabella e Romulus e ganhara dois mil luíses a saltar um fosso na Inglaterra. Um queixava-se de seus corredores, que estavam engordando; outro, dos erros de impressão que haviam alterado o nome de seu cavalo.”

2 - Aproveitar ambientes pequenos e explorar grandes possibilidades


Este tópico serve a escritores empolgados com world building. Com a liberdade existente na fantasia, os autores podem criar o país onde acontece a história, talvez um continente, ou o mundo inteiro! Esquematizar possibilidades de clima, elaborar espécies de flora e fauna, distinguir humanoides em raças, elaborar respectivos costumes, reinos, geografia... Tudo faz parte da criação capaz de atender o nicho de leitores de fantasia. Ainda é preciso atender outra demanda, esta importante independente do gênero, seja no ambiente fantástico ou baseado em locais reais: a exploração do mesmo.


É igual a sugestão do bar, existe vida naquele espaço onde o escritor deve mostrar ao leitor, e pouco importa o quão grande seja o mundo criado na história, ela acontecerá em cenários pontuais. Flaubert explora a maior parte da história na vila de Yonville, e dali remete questões da Revolução Francesa ocorrida no século passado ao período do romance, dos pensamentos iluministas, fala ainda de Paris a partir da perspectiva de quem vive na vila. Não precisa estar na capital ou regiões de destaque da França para abordar questões do país, e na verdade explorá-los na perspectiva do lugar remoto dá a oportunidade de contar algo único. Como a cena onde ocorre o discurso do conselheiro durante os Comícios agrícolas ― outro capítulo com uma orquestra de elementos ― enaltecendo o país e a conversa paralela entre Emma Bovary e Rodolphe:


“[...] Por toda a parte florescem o comércio e as artes; em toda a parte, novas vias de comunicação, como outras tantas artérias novas no corpo do Estado, estabelecem novos contatos; nossos grandes centros manufatureiros retomaram a sua atividade; a religião, mais firme, sorri a todos os corações; nossos portos estão cheios, a confiança renasce e enfim a França respira!... [...]

[...]

- Nós, pobres mulheres, nem mesmo temos essa distração!

- Triste distração, pois nela não encontramos a felicidade.

- Mas ela pode ser encontrada? perguntou Emma.

- Sim, um dia ela é encontrada, respondeu ele.”




São duas conversas, dois assuntos paralelos intercalados na cena. Um sobre o país, e o segundo discutindo sobre o assunto de fato importante ao casal de amantes, uma forma sutil de criticar os discursos oficiais vazios do governo na época. O autor de fantasia pode fazer o mesmo, mostrar a relação entre quem governa e a pessoa mais remota da sociedade, isso sem um jamais interagir com o outro, e ainda assim interferindo. Agora imagine quantas possibilidades podem surgir, e ainda assim se mantendo fiel à proposta de criar o grande mundo, contando a partir dos acontecimentos ocorridos em lugares pequenos e específicos!


Qualidades a evitar


Por mais que Madame Bovary repercuta até hoje, nem toda característica do livro compensa em trazer para novos trabalhos literários. Ainda são aspectos positivos do romance, a questão é avaliar esses em obras recentes, e por isso atentar no cuidado. Ouso dizer ainda ser possível usar essas qualidades a favor, o problema situando-se na dificuldade em empreendê-las, com maior probabilidade de falha ao desconsiderar as consequências.


3 - Vários focos narrativos


Na verdade focar o enredo a partir de muitos personagens não é o problema em si, com certeza todo leitor sabe indicar algum livro ou mesmo saga com história na perspectiva de muitos personagens e o adoram por isso. Também é muito provável de todos esses autores consagrados por este tipo de obra serem muito experientes, cientes das dificuldades em empenhar a jornada realizada por vários personagens, e assim trabalhou muito até alcançar essa proeza.


Toda história consiste na questão essencial do personagem coordenado na narrativa, cujo desfecho o transformará de alguma forma, seja para melhor ou pior. Essa regra vale para todo personagem que o autor decida dedicar na história, caso contrário o leitor acusará a história de incompleta, e com razão. Pior ainda se acabar alternando o foco para outro personagem apenas em um momento, em muitos casos por descuido, e acabar levantando a expectativa do leitor em acompanhar a história daquele personagem também, e logo percebendo a desilusão.



Nas ótimas histórias produzidas sob perspectivas de vários personagens, é mais comum ver o foco alternando nelas por capítulo, poucos atrevendo-se a mudar a perspectiva no parágrafo seguinte. Flaubert executa como no último caso em Madame Bovary, seguindo o cenário através de Emma e de repente conta na visão do marido Charles, pulando na perspectiva sobre o amante Rodolphe e ainda tropeçando no farmacêutico Homais e suas desavenças com religiosos. Isso exige mais do leitor, qualquer desatenção na leitura pode comprometer o ritmo e o entendimento da cena. O objetivo de Flaubert passou longe de entregar uma leitura fácil, e sim explorar vários aspectos de uma sociedade francesa simplista ― daí o subtítulo de “Costumes de província” no romance ― enquanto estimula conflitos com a personagem principal com desilusão amorosa.


O autor fez a orquestra de acontecimentos no mesmo cenário elogiado logo no começo deste texto usando, entre outros recursos, a transição dessas perspectivas; e só o fez devido ao objetivo proposto pelo próprio. Cabe ao autor de novas histórias de fantasia avaliar a necessidade de demandar tal proeza no romance também. Provavelmente não, e não há problema nenhum nisso. O romance pode valer de outras qualidades memoráveis, e seria desnecessário assumir maiores compromissos, com risco de comprometer todo o trabalho por causa deles. Em resumo, avalie bem a necessidade de focar em mais de um personagem durante o romance, caso precise, pense de novo, procure o motivo extraordinário para conduzir a história desta forma, e esteja ciente do compromisso firmado caso aceite elaborar todos esses aspectos. Caso considere tudo isso, talvez possa usar esta qualidade de Madame Bovary a favor.


4 - Feminismo inadequado


Madame Bovary vai além de protagonizar uma mulher e esclarecer a importância de seus dilemas, pois ainda denuncia a sociedade da época de o quanto ela enclausura a vida feminina nas inúmeras regras de aspectos patriarcais, religiosos e jurídicos. Inclusive Flaubert virou alvo de processo jurídico por causa do romance, sob acusação de transgredir valores morais e religiosos da época. Confesso minha limitação quanto a abordagem deste assunto pela minha carência de estudo e por não conviver com esses problemas. Portanto consultei o artigo sobre o feminismo em Madame Bovary indicado na fonte ao final do texto.


Flaubert teve a grande audácia de romper as características das personagens femininas mais comuns na fase literária anterior, a do romantismo. Todas as críticas feita no romance da época em relação às condições das mulheres eram novidades, e por isso não seria nada inovador usá-las da mesma forma hoje. Quer dizer, ainda podemos aproveitar a proposta de Flaubert no sentido de explorar as dificuldades femininas na realidade proposta, apostando inclusive na possibilidade de conseguir tramas interessantes assim. Só é preciso atentar quanto à diferença entre a sociedade retratada na França do século XIX e as possibilidades geradas ao longo do tempo até o século XXI: as mulheres conquistaram maiores oportunidades de ter iniciativa.


Destaco a passagem de Emma que mais me entristeceu no romance, de quando ela estava embriagada de amor por Rodolphe, enquanto repudiava a vida matrimonial com Charles:


“― Leva-me embora! exclamou ela ― Rapta-me ...! Oh! Suplico-lhe. E precipitou-se sobre sua boca, como para nela colher o consentimento inesperado que dela se exalava num beijo.”


Na busca de Emma em realizar a sua obsessão, ela precisa da proatividade do amante. Ele deveria garantir a fuga do casal e ainda levar a filha dela. O plano até engrena, e em seguida fracassa devido aos dilemas de Rodolphe, esses tendo maior prioridade à da amante iludida. Mesmo em momentos posteriores, Emma continua a depender dos demais personagens masculinos na tentativa de livrar os receios.


Hoje existem mães solteiras ou responsáveis por toda família. Longe de ser o ideal, pelo menos temos representantes femininas na política, conseguindo conquistar cargos de gerência, até mesmo levantar as paredes da própria casa com as mãos cheias de cimento. São arquitetas, policiais, mecânicas, médicas ― sem serem taxadas de bruxas ―, elaboram algoritmos sobre a trajetória até a lua ou capaz de capturar uma imagem de um buraco negro. As leitoras possuem ótimos exemplos femininos, tornando improvável outra personagem feito a Emma ser agradável no romance escrito hoje.


Alguém pode questionar que as histórias de fantasia muitas vezes serem ambientadas em cenários passados ― medieval ou vitoriano ―, tendo personagens mulheres proativas tornariam a história inverossímil. Na verdade depende do contexto do mundo fantástico elaborado pelo autor. Avaliar as regras do seu mundo são consistentes enquanto explora as oportunidades disponíveis às personagens de sexo nada frágil.


Foram quatro qualidades, duas positivas e outras com ressalvas, e com muito a refletir. Vale lembrar o quanto essas considerações podem ser flexíveis, as qualidades positivas poderiam na verdade atrapalhar a elaboração do romance e vice-versa. O essencial consiste em observar as características já realizadas e abusá-las no próprio trabalho. Poderá desconstruir os conceitos de hoje igual Flaubert fez no tempo dele, afinal o tempo sempre pode avançar e trazer novas inspirações.


Referências:


Prefácio sobre a obra de Gustave Flaubert na edição de Nova Alexandria, pela tradutora Fulvia M. L. Moretto


MADAME BOVARY: A DESCONSTRUÇÃO DO ETERNO FEMININO NALITERATURA FRANCESA DO SÉCULO XIX (http://www.editorarealize.com.br/revistas/sinalge/trabalhos/TRABALHO_EV066_MD1_SA4_ID55_20012017003251.pdf)


Ficha Técnica:


Nome: Madame Bovary - Costumes de Província

Autor: Gustave Flaubert

Editora: Penguin Companhia

Gênero: Romance/Drama

Tradutor: Mário Laranjeira

Número de Páginas: 496

Ano de Publicação: 2011


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